Por Dorothy Coutinho
"É preciso pegar a vida entre as mãos e espremê-la como um limão." (Liz Taylor).
Elizabeth Taylor pegou a vida como um limão, mas sem o sabor de limão.
Foi só glamour! O título de a mulher mais bonita do mundo por décadas e décadas era falado e decantado em voz alta por toda gente mundo afora. Em voz baixa a história era outra: ela era uma mulher que não se podia confiar. Mesmo assim eu pensava: “eu quero ser Elizabeth Taylor”. Qual mulher não quis?
Liz entrou para o Guinness como a estrela de Hollywood que mais se casou. Oito vezes, se não me falha a matemática. Atitude mais feminista que essa, para a minha juventude, eu desconheço! Colecionou maridos. Todos lindos, nutritivos, vitaminados do top de Mike Todd, Eddie Fisher, Richard Burton, de novo Richard Burton, e etc. Perdi a conta..... Mas que causava inveja, ah lá isso causava!
Ganhou um milhão de dólares, se tornou o mais perfeito produto do sistema de estrelas da MGM, com uma carreira marcada por um sucesso atrás do outro. Foram mais de 60 longas-metragens com todas as honras e tapetes vermelhos merecidos.
Também foi a primeira atriz a receber o primeiro beijo de língua do cinema. E isso naquela época! Eu vi. Aconteceu em cena com Montgomery Clift (rapaz de família), no filme “Um Lugar ao Sol”. Vale a pena ver de novo.
A sua vida pessoal lhe deu momentos de alegria e satisfação, e gerou muito dinheiro para a mídia que sempre correu sedenta atrás dos seus escândalos. Destrambelhada como ela só, surtava, engordava, ficava dias de porre, se internava, voltava, aparecia nas capas de revistas com hematomas cor violeta no rosto, casava, noticiava, descasava, noticiava, enfim, vivia apertando o seu limão! O seu lado safadinho chegou a lhe render o apelido de Elizboquett. Não me perguntem por que!
Além de serem grandes amigos, disputou com Michael Jackson quem fazia mais operações plásticas.
Viciada em diamantes, sundaes de caramelo e etc., chegou a engordar 50 quilos. Revistas de fofocas bizarras e humor negro noticiaram que mais tarde ela doou esses 50 quilos para acabar com a fome de um país africano!
Em campanhas contra a AIDS criou uma fundação assistencial a esses doentes.
A biografia de Elizabeth Taylor será eletrizante. O filme da mulher mais bonita do mundo que me segurou na cadeira foi “Quem tem medo de Virgínia Woof?”.
“Na minha idade uma mulher pode fazer coisas completamente fora do normal e nem ligar para as conseqüências”. Elizabeth Taylor.
Que assim seja. Assim espero Liz!