quarta-feira, 20 de abril de 2011

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VIAGEM A FOZ DO IGUAÇU - parte 3



Mas a viagem ainda não terminou. Falta muiiiitooooo. Encontramos Jackie, minha sobrinha, que posteriormente lançou o livro “Maternidade e Anti Maternidade Lúcida”, do qual tive o prazer de ler o primeiro manuscrito, almoçamos num restaurante vegetariano e fomos direto para uma palestra na conscienciologia. Não sabíamos ao certo o que significava aquele grupo de estudos voltado para a pesquisa do ego e do self. Enfim, uma ciência para estudar a consciência. Muita física quântica no pedaço.

Segundo o médico Waldo Vieira que pesquisa o assunto desde a década de 60, a Conscienciologia parte do princípio de que a manifestação da consciência vai além do cérebro físico e que seria independente do corpo humano. Anteriormente, o jurista Miguel Reale usou o termo conscienciológico em sua obra “ Filosofia do
Direito”.

Depois da palestra, finalmente chegamos à casa de minha sobrinha, num condomínio fechado, uma casa deliciosa, metade alvenaria, metade madeira.

Aí, foi só tomar banho e cair dura na cama. No dia seguinte iniciaríamos nosso passeio pelas cataratas de Foz do Iguaçu.

Amanheceu e atravessamos a fronteira do Brasil. É Bem verdade, que falar sobre a Argentina cairia bem em 84,Charing Cross, mas na realidade vou contar o que vimos no lado brasileiro ao olhar de lá para cá. Sabem o ditado que conta que a melhor vista de Niterói é o Rio? Pois isto se dá exatamente com as cataratas de Foz do Iguaçu quando se as olha do lado Argentino. A melhor paisagem é a do Brasil, sem qualquer sombra de dúvida. Mas, dizem outros, até as agências de turismo, que a melhor visão fica de quem olha do Brasil para a Argentina. Prefiro, sem xenofobia,minha apreciação.



Carro estacionado, pegamos um trem que nos levou até à estação Garganta do Diabo onde já se ouve o som das quedas d´água e o corpo sente a força impressionante deste rugido.







Formadas há aproximadamente 150 milhões de anos, são 275 quedas isoladas, que formam uma única em tempo de cheia. Quando fui eles estavam começando a encher, a estiagem prolongada fizera com que se transformassem em filetes de água. Foi o que me contaram.

O Rio Iguaçu, cujo nome em tupi guarani significa água grande nasce próximo à Serra do Mar e percorre 1.320 km até a foz, desaguando no Rio Paraná. Após uma ampla curva e uma corredeira, o leito principal do rio, onde está a fronteira Brasil-Argentina, precipita-se em uma profunda fenda de erosão, formando a Garganta do Diabo.

Ele chega a medir 1.200 metros de largura acima das Cataratas, estreitando-se até 65 metros no canyon formado após as quedas. A extensão das Cataratas é de 800 metros no lado brasileiro e 1.900 metros no lado argentino, resultando numa largura total de 2.700 metros com formato semicircular.

Dependendo da vazão do rio, o número de saltos varia de 150 a 300 e a altura das quedas varia de 40 a 82 metros. A vazão média do rio é de 1.500 m3 por segundo, variando de 300 m3/s nas ocasiões de seca e de 6.500 m3/s nas cheias.

Estas informações são recolhidas num museu próximo à entrada das cataratas, do lado brasileiro, onde o piso é todo de vidro transparente.






Mas o triste desta história é que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, que era o cacique da tribo tinha uma filha chamada Naipi. Tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava.
Por culpa de sua beleza, Naipi foi consagrada ao deus M'Boy, e vivia somente para o seu culto.

Entre os Caigangues, havia um jovem guerreiro chamado Tarobá. Ao ver Naipi, um belo dia, caiu duro para trás, pumba, se apaixonou.

No dia da festa de consagração de Naipi, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com rla numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.
M'Boy (hoje, nome de DJ) percebeu a fuga de Naipi e Tarobá e ficou furioso.
Penetrou as entranhas da terra retorceu o corpo até fazer enorme fenda onde se formou uma gigantesca catarata.

As águas revoltas engoliram a canoa com os fugitivos que caíram de grande altura desaparecendo para sempre.

Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas e Tarobá convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio.
Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde M`Boy, o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.

                                                  Regina Branco, companheira de viagem



Jackeline Bittencourt de Lima, (minha sobrinha e autora do livro Maternidade e Anti Maternidade Lúcida) nascida no Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 1965, é formada em Ciências Contábeis e pós-graduada em Controladoria e Didática do Ensino Superior. A autora é empresária e consultora na área organizacional e voluntária da Conscienciologia desde 2001, ocupando atualmente a coordenação do CIEFFI - Conselho Internacional Econômico, Financeiro, Fiscal Interassistencial e do Comitê de Planejamento e Projeto da Unicin - União das Instituições Conscienciocentrica Internacional