quarta-feira, 4 de maio de 2011

HELLO DOLLY!

SEM ABRIR MÃO DO FOLCLORE


Por Dorothy Coutinho


O mundo parece estar de cabeça para baixo. Porém, uma coisa não muda: o tapete de bases americanas que cobre o planeta. Ninguém sabe a dimensão exata da presença militar dos Estados Unidos no exterior. A verdade oficial é o legado deixado pela II Guerra. A parte sigilosa se mantém por se tratar de países onde os Estados Unidos travam uma guerra: Iraque, Afeganistão e adjacências.

Os dados que o Pentágono divulgou não detalham a presença americana em países que preferem mantê-la pouco visível, para não incendiar a opinião pública. Compreende-se. Em tempos de Top Gun sobre a Líbia nenhum país irmão árabe quer ter um Google map apontando para as bandeiras americanas fincadas no seu solo. Essas microbases que ocupam uma área de menos de 40 mil metros quadrados não entram na lista das 761 unidades do Pentágono. Também fora de qualquer radar de transparência, estão os cantos mais sombrios da presença militar americana no exterior: são as instalações de outros países usadas clandestinamente por serviços de inteligência americana.

O Pentágono administra 172 campos de golfe, 52 mil edificações, 9.100 estruturas lineares (pistas de pouso, linhas férreas, oleodutos) mundo afora.
Na próxima década irá se juntar a essa torre de Babel de sete cabeças o avião de combate de quinta-geração – o F-35 – já saudado como a arma mais perfeita para reinar nos céus. O plano é encomendar 2.443 desses F-35, para contar com um número de aviões de combate quinze vezes maior do que a Rússia.
Seria caridoso alguém lembrar à Casa Branca que a Guerra Fria acabou há algum tempo e o confronto entre colossos não estão na ordem do dia.

Chega a ser bizarra a ação americana que a cada hora coloca seu poderio aéreo para destrinchar a insurreição de massas na Líbia! De que adianta essa esquadrilha de reluzentes F-35, se em terra firme, o moral do soldado americano está esgarçado por tantas guerras que os Estados Unidos teimam em travar em chão estrangeiro?

Fuçando na Internet qualquer um fica sabendo do caso aterrador, que a revista alemã “Der Spiegel” revelou, e que só não chegou às manchetes dos jornais porque a atenção mundial está voltada para a operação militar na Líbia. Entre janeiro e maio do ano passado, 12 soldados de uma das Divisões de Infantaria sediada em cidade afegã, entediados com nove anos de guerra, formaram uma confraria: “Kill Team” ou time da morte.



Diz a revista: “Os feitos do grupo estão registrados em mais de 4 mil vídeos e fotos. Eles estão sendo julgados por assassinato, por mutilação de cadáveres, pela posse de imagens de baixas civis, e pelo uso de drogas. Os depoimentos são tão repugnantes que várias entidades estrangeiras sediadas no Afeganistão, incluindo a ONU, instruíram seus funcionários a permanecerem confinados. Circularam apenas três fotos até agora. Mas eles temem que a divulgação de outras fotos, inflame os ânimos locais contra qualquer estrangeiro”.



Eu visitava a Internet, enquanto o presidente Obama em visita ao Brasil, diretamente do Rio de Janeiro, dinamitava pessoalmente, o kitinete do Kadafi! Em seguida, com a mulher Michelle - cuja cor de lingerie não interessa a ninguém – o casal visitou um morro carioca pacificado pela Polícia Picareta (PP), onde distribuiu cinco quilos de balas MM e bolachas Cream Crakers às crianças, gesto que motivou a ONU em parceria com transnacionais, a usar o Brasil como modelo para seus projetos sociais.

Espero, porém, que essa idéia americana não perturbe a colorida cultura do nosso país. Ao contrário das demais nações ricas, nosso torrão (hoje a 3ª. economia do Mundo), mantém vivos seus aspectos bizarros e turísticos: famílias inteiras morando em casas de cachorros, judocas de buate, buchada de bode, cachaça em lata, água potável com girino, gigolôs apaixonados, damas da noite que gozam, além do Sílvio Santos, Gugu, Faustão, dos BBBBBBBBBBB’s, e da imprensa ligeiramente livre!!!!!!!

Apenas por curiosidade terapêutica de alguns amigos: quem está guardando as 50 toneladas de maconha apreendidas no Morro do Alemão?

Nação do Primeiro Mundo sim, mas sem abrir mão do folclore!