Na
semana do dia 29, 30, 31 e 01 de novembro de 2012, ocorreu na cidade de
Itajubá/MG, nas dependências da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), o III
Simpósio de Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade. Entre inúmeros debates e discussões, o Prof. Diego Kenji Marihama apresentou um artigo sobre a ANTI-UTOPIA E O PESADELO VIRTUAL NO CINEMA: a arte imita a vida ou a vida imita a
arte?
Por Diego Kenji Marihama
Por Diego Kenji Marihama
O objeto deste
artigo é a anti-utopia do imaginário no cinema, embora acreditemos que tanto a
literatura, quanto a arte, possuam estas características anti-utópicas trazidas
aqui, ou seja, a sociedade mostra-se corruptível; caem as máscaras das normas
que determinam os princípios criados para bem comum e aparece sua face
distópica de flexibilidade oportunista que atende a interesses escusos e particulares.
Acreditamos que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) deveriam
trazer mais tempo livres ao trabalhador, entretanto é usada como ferramenta de
submissão e já não suportam um embuste tradicional equivocado que se
caracteriza pela informação desvinculada da realidade.
Este trabalho
se justifica por trazer estas contradições mostrando que o indivíduo, a
comunidade, a sociedade e a humanidade sob o olhar da ciência e da tecnologia
são fios que se enredam, se entrelaçam, se interpenetram, e se retro-alimentam
na complexidade de um novelo onde cada parte contém o todo e é por ele contida
sem perder sua autonomia e a fraude entre a teoria e a prática do uso das
técnicas vem sendo denunciada nestas manifestações cinematográficas.
O objetivo aqui
é discutir a concepção de tecnologia, no imaginário anti-utópico
cinematográfico, e seu impacto na sociedade, buscando analisar as imagens como
meio de expressão e veículo formador do imaginário social.
A metodologia
utilizada foi à pesquisa bibliográfica em livros, filmes, revistas e na web,
onde pesquisamos os imaginários tomando como exemplos o livro “Admirável Mundo
Novo” escrito por Aldous Huxley publicado em 1932 e também os
filmes “Tempos Modernos” de 1936, “1984” publicado em 1949 “Matrix” de 1999,
embora existam muitos outros, para mais do que perceber a distinção entre real
e imaginário, perceber a confusão entre estas duas dimensões.
Os Resultados e Conclusões são que estes
filmes e livros são trabalhos que representam um marco da Psicopatologia do
Trabalho.
A dignidade da
pessoa humana clama por justiça, aonde quer que ela esteja, e seja ela quem
for. Transigir com o desrespeito à supremacia da sensibilidade do ser humano,
negando-lhe esta qualidade é, acima de tudo abrir mão de qualquer sentimento
moral, negando ao homem o direito de existir. A superação da indiferença e uma
postura responsavelmente empática são fundamentais para a superação da frieza
da materialidade imposta pelo mundo individual e materialista.
Natureza, trabalho e conhecimento são
conceitos centrais para, a partir das possibilidades que a realidade atual nos
apresenta, pensar uma utopia que supere as conquistas da modernidade e
incorpore o domínio coletivo e consciente das ciências, das técnicas, das
escolhas de produção, de distribuição e de consumo de bens materiais e não
materiais, elementos que não podemos desprezar pois corremos o risco da
violência psicológica no trabalho e do processo de banalização da injustiça
social.
Portanto, este artigo reveste-se de
uma importância significativa à medida que trouxe o cinema denunciando de
maneira sintética, o sofrimento no trabalho; um tema tão presente e próximo da
realidade de todos os trabalhadores.