quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DIÁRIO DE UMA ADOLESCENTE. SOBRE FOTOGRAFIA

Parque das Águas de Caxambu por Bianca Monteiro



Por Bianca Monteiro

Algo que faz parte da minha vida desde sempre. Lembro que, quando bem pequena, tinha uma câmera (daquelas de filme, ainda) só pra mim, azul, com um ursinho polar desenhado. Meu avô tinha uma Pentax profissional, que comprara há muitos anos. Eu achava que aquilo era um tipo de caixinha mágica que aprisionava imagens, ou algo do tipo. Mas hesitava em usá-la, não era fácil como hoje, com as máquinas digitais onde podemos visualizar as imagens antes de "tirá-las", e apagá-las instantaneamente se não ficarem como desejamos. Tinha que levar pra revelar, e só depois de prontas, impressas no papel, podíamos ver se estavam consideráveis, ou se realmente perdemos aquele momento que queríamos capturar, além de ver as descartáveis, acidentais. Nesse sentido, o digital me beneficiou: pude crescer com mais fotos "planejadas", e sem medo de gastar filme à toa. Só fui ver o primeiro equipamento desse tipo com praticamente 6, 7 anos. E obtive uma aos 8. Coitada da analógica de ursinho, que foi inutilizada tão rápido (procurei-a no google e só achei um resultado, a entrevista de um fotógrafo alegando que aquela fora sua primeira câmera também. Além disso, o vasto universo virtual pareceu desconhecer minha câmera. Triste, no mínimo.).

Nesse tempo, que na verdade parece muito quando falado dessa forma, mas é bem pouco, celular com câmera parecia "coisa de filme". Só foram se popularizar quando eu tinha uns 11, 12 (como eu disse: pouco tempo). E hoje é praticamente um recurso básico em qualquer telefone, perto das outras tecnologias e facilidades que nos são oferecidas. Nos acostumamos tão fácil com esses avanços que mal nos lembramos como era viver sem isso. Como se sempre tivessem existido.


Enfim, com meu primeiro celular com câmera, passei a levar a sério. Fotografava tudo o que via (e acreditem, tendo a mania de colecionar idiotices, ainda tenho todo esse acervo inútil comigo). Tirando a péssima resolução, vez ou outra algo saía razoavelmente apresentável, como isso: 


Finalmente recuperei minha câmera (que não tinha absolutamente nada de sofisticado, pelo contrário), e mesmo com a simplicidade do equipamento, tirei a minha foto favorita de todas, e acidentalmente. 
 

Em outubro de 2009, ganhei o melhor presente da minha vida: minha câmera profissional. Tive que aprender truques nela sozinha, mas, ficou muito mais fácil de fazer imagens melhores.





Descobri esse efeito do nada, e sabe-se lá por que, gosto muito dele.





Amo o outono, as folhas, as cores, essa coisa de natureza morta. Tudo fica ainda mais bonito, por isso é quando mais gosto de fotografar.


Gosto também das fotos dos meus 15 anos, em Buenos Aires (sendo a terceira no museu dos Beatles):



 Apesar de não ser fã de praia/sol e esse clima quente não ter absolutamente nada a ver comigo, gosto dessas fotos de Ubatuba também:


 


Minhas favoritas, do Matutu (sendo uma aranha simpática, May, Nana e seu cachorro Simba, meus modelos):




  

As últimas, antes que vocês cansem (minha mãe, e a minha ida frustrada ao Rio de Janeiro num dia chuvoso):



Algumas dessas, e outras mais, podem ser encontradas no meu Flickr (que está juntando teias de aranha por preguiça, falta de tempo e de espaço pra atualizar). Até a próxima. (: