quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ELIZABETH BISHOP, POETA EM OURO PRETO

Por Esther Lucio Bittencourt
colaboração de Ana Laura Diniz

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
De perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
(Do poema “Uma Arte”, de Elizabeth Bishop)

Começo esta matéria assim: quebrando cânones do jornalismo e a escreverei na primeira pessoa.

Foi em Ouro Preto, Minas Gerais, que subi 700 metros de ladeiras, por conta de um desejo de Ana Laura Diniz, de andar. Iríamos procurar encontrar a casa da poeta Elizabeth Bishop. Andamos mais, muito mais. Graças ao "vamos Esther, não podemos estar mais tão longe", a teimosia venceu o forte sol, o cansaço, e promoveu a recompensa, inigualável. Sentei na mesma cadeira de balanço que Elizabeth Bishop sentara. Percorri seu quarto e vi a cama em desalinho, usada pelos proprietários atuais. Ana Laura num silêncio especial, fotografava. Conversei com as empregadas antigas. Nenhuma delas conviveu com a poeta que morou cerca de 15 anos no Brasil e hoje é considerada uma das maiores dos Estados Unidos e, certamente, do mundo.

Mas vamos aos comentários e ensaios fotográficos de Ana Laura Diniz. As conversas seguem depois.


Vista pela rua, uma casa como tantas outras de Ouro Preto...
... mas quando se passa pela porta de estilo colonial...
... os detalhes, como esses das fechaduras, chamam a atenção!
Na placa, o texto na íntegra: "Nesta casa viveu, nas décadas de 1960-1970, a poeta Elisabeth Bishop (1911-1979), nome expressivo da poesia norte-americana contemporânea. Traduziu e publicou obras da literatura brasileira, além de marcar sua produção literária com uma visão sensível e original do País". Museu Aberto - Cidade Viva.