quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

LANTERNA MÁGICA - A ESCOLHA DE MERYL

por Egídio La Pasta, Jr.


por Egídio La Pasta, Jr.



A Dama de Ferro (The Iron Lady), em cartaz nos cinemas brasileiros, deu o terceiro Oscar para a atriz Meryl Streep, que dessa vez fez uma personagem real, a primeira ministra britânica Margaret Thatcher. O filme não agradou muito a crítica e a mim também não, mas todos concordamos na excelência do trabalho de construção da atriz. Os detalhes, a maquiagem soberba que a faz sumir dentro da personagem, sobretudo na fase mais idosa e delicada, quando Thatcher passa a conversar com o fantasma do seu falecido marido, impressionam pelos detalhes e também, pelo resulatdo final. Comemorei o Oscar da atriz indicada dezessete vezes porque sempre torci por ela e por admirar cada novo trabalho que muitas vezes me faz ir ao cinema somente por saber que ela está no elenco.

Tenho alguns momentos dessa filmografia muito fortes que se misturam a minha formação cinematográfica e gosto muito de alguns filmes. Faço aqui uma brincadeira, de memória, sem a menor pretensão de analisar criticamente performances e títulos, apenas aponto os filmes onde eu mais gosto dela. São escolhas particulares, sem ordem de preferência, momentos de uma carreira cheia de filmes, personagens e cenas favoritas.


A Escolha de Sofia (Sophie’s Choice)

É mais do que clássica a cena da escolha que Sofia é obrigada a fazer. É um grito sem som, um desespero nos olhos, dentro de um cenário devastador. Provavelmente uma das cenas mais emblemáticas da história do cinema.


O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)

A vilã mais deliciosa da carreira. O jogo de poder com Anne Hathaway e Emily Blunt é uma delícia e é muito difícil escolher uma cena dela, mas a que ela explica a secretária que não entende a diferença entre dois cintos muito parecidos.


Adaptação (Adaptation) 

Uma jornalista de Nova York é a personagem dela, dentro de um filme onde ficção e realidade se misturam o tempo todo. Cômico e melancólico, uma delícia e imperdível. Como não encontrei a cena que queria, coloquei o trailler.



Um Grito no Escuro (A Cry in the Dark)

Baseado em uma história real, ela defende um personagem difícil, que sustenta que o seu bebê foi roubado por um lobo em um acampamento. A opinião pública a trata como assassina e ela luta até o fim para fazer valer a sua versão.


Dúvida (Doubt)
Adaptação de uma peça de teatro, o que justifica o tom teatral e muitas vezes exagerado do elenco. Aqui ela faz uma freira que percebe algo diferente na relação do Padre de sua paróquia e um dos coroinhas.


As Pontes de Madison (The Bridges of Madison County)

Minha Meryl Streep preferida. Clint Eastwood consegue fazer uma das mais bonitas histórias de amor entre uma dona de casa que passa um final de semana sozinha e recebe a visita de um fotógrafo que visita a cidade. Os dois se apaixonam e vivem uma bela história de amor.


Lembranças de Hollywood (Postcards from the Edge)

Uma jovem atriz talentosa luta contra as drogas e o álcool e também contra o ego de sua mãe, uma estrela do cinema, possessiva e competidora. A relação entre as duas protagoniza cenas antológicas entre Meryl e Shirley MacLaine. E ainda tem uma canja de You don't know me.



As Horas (The Hours)

Clarissa faz uma festa para seu melhor amigo, um artista por quem foi apaixonada. A história dela se entrelaça ao romance de Virginia Woolf, Mrs. Dalloway. A cena da cozinha, onde discute com um amigo. A cena da despedida de Richard. É difícil escolher um momento.


E você, quais as suas cenas e filmes preferidos?