Por Bianca Monteiro
Achei uma experiência relevante o suficiente pra contar, já que tomou todo o meu fim de semana e foi a única coisa que me aconteceu de diferente.
Ao contrário do que todos pensam, não é só o terceiro ano que faz ENEM. A meu ver, o Exame Nacional do Ensino Médio é muito útil e deveria ser obrigatório como experiência, afinal, é sempre bom ter uma noção do nível dos nossos conhecimentos perante vestibulares (já que, nesta idade, não ouvimos falar de outra coisa). Como disse meu melhor amigo Caio, (e eu concordo) “Parem de se preocupar com adultos. Credo!”. Ainda mais porque na relação de melhores escolas, todos os alunos que fazem a prova são considerados nas estatísticas, não apenas os pré-vestibulandos. Possuímos, então, a mesmíssima responsabilidade de representar nossa escola nacionalmente. Essa preferência óbvia e injusta me irrita. Inclusive, muita gente de primeiro e segundo ano tiveram notáveis números de acertos, até mais do que alguns dos “protegidos”. Um verdadeiro choque pra quem acreditava que a idade nos impediria de ser igualmente capazes.
O nível não foi mais, nem menos do que esperei. Na verdade, foi exatamente. Algumas coisas fáceis demais para serem reais, outras que nunca vi na vida (dessa vez, sim, alunos de terceiro ano e cursinho são privilegiados), poucas pegadinhas (que todos os meus conhecidos que fizeram a prova erraram, sem exceção)… Algumas questões dignas de risadas. O tema da redação que no dia anterior tinha supostamente “vazado” foi completamente inesperado. Os boatos eram que seria sobre índios, ou outros assuntos que conheço ainda menos. Ao ver que era sobre internet, me senti aliviada, afinal, acho que não há outra coisa que eu faça tanto na vida. Portanto, sem precisar de enrolações, tirarei uma nota considerável… Talvez.
Houveram boatos também de que a prova seria cancelada porque algumas questões dela já constaram em simulados de um colégio do Florianópolis. Mas o MEC disse que “seria exagero” cancelar nacionalmente, e parece que vão tomar providências apenas por lá. Sorte a nossa. Além de não termos absolutamente nada a ver com isso, perdemos um fim de semana inteiro e seria judiação perder outro! Mais provas na escola seriam adiadas com a desculpa de “o terceiro ano tem ENEM” (como se mais ninguém tivesse) e nossas matérias (já atrasadas, com tempo curto) ficariam ainda mais acumuladas. Agora é só no ano que vem, minha gente… Lá vou eu esperar superação mais uma vez.