quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DIÁRIO DE UMA ADOLESCENTE. CONCEITO DE ARTE

Por Bianca Monteiro

A primeira faculdade que quero cursar é Artes Visuais (a segunda é Astronomia, o que não vem ao caso agora). Pretendo me especializar em Fotografia, que é realmente a minha paixão, o que automaticamente faz as pessoas perguntarem: “pra que faculdade? Não basta um curso?”. É que quando gosto de algo, quero saber tudo a respeito, não importa o tempo que demore. E assim, os cursos rápidos e à distância não me parecem suficientes: a questão não é a profissão em si, mas o conhecimento a respeito dela. E isso não requer só instruções práticas apenas, como também teoria, coisa que só é conquistada com Ensino Superior.

Enfim, é bem óbvio que houveram muitas outras razões que pesaram nessa escolha. A arte, por si só, abrange tudo. Faz parte da história, a conta através de registros (até mesmo antes da própria fotografia). Está presente na sociedade anteriormente a ela existir de fato, desde os primórdios, os desenhos nas cavernas… E cada registro, todo e qualquer que seja, independente de sua forma, torna-se algo que, ainda que antes fosse insignificante, torna-se eterno. Parte de um todo. Como disse, a arte é um conceito abrangente, dependendo do ponto de vista, pode se enquadrar em tudo o que vemos. Desde um objeto utilitário, a planta de uma casa, um corte de cabelo, qualquer representação feita com um material inusitado, até comida. Quase qualquer coisa. Pra mim, é tudo o que é capaz de ser projetado para expressar sentimentos (como pintura, desenho, literatura, cinema, música) ou suprir uma necessidade (design, tecnologia em geral). Como tudo isso é muito subjetivo, não acho que exista uma “arte ruim”, apenas um gosto pessoal. Por exemplo, há muitos que não consideram o abstrato como arte, por não ter formas definidas. Já eu, novamente, discordo, pois enxergo sentimentos expressos ali, em cada pincelada, nas cores, nas "figuras" aleatórias formadas... 

Foto: Pollock, Mural
Por falar em Expressionismo Abstrato, meu movimento favorito é o próprio Expressionismo, e o Pós-Impressionismo. É até meio clichê falar, principalmente por ele ser um dos principais e mais conhecidos pintores da história da arte, mas o que particularmente mais aprecio é Van Gogh. Seus traços (expressivos, como o nome) me causam um impacto muito grande, ainda mais em fotos detalhadas dos quadros (enquanto não tenho oportunidade de vê-los de perto, como “A Noite Estrelada”, meu favorito, que está em New York).

Van Gogh em "A noite Estrelada"
Sou grande apreciadora de cinema, literatura e música também desde criança, por influência da minha mãe, e da minha família em geral. Cresci muito inserida nesse meio (agradeço, pois acredito que se não fosse por isso estaria por aí sem nenhum conceito ou senso crítico e achando tudo lindo, como é bem normal na minha idade), e assim, a arte está presente no meu convívio como um hábito, e daqui pra frente, espero que esteja cada vez mais.