Por Esther Lucio Bittencourt
O Cisne Negro: filme de ficção barata. Quando Nicole Portman em sua tentativa de se transformar em cisne negro – em cisne branco é considerada perfeita, mas falta-lhe as características más, diabólicas do lado negro, fica com os olhos vermelhos e brotam-lhe penas do corpo, tenho dúvidas se estou assistindo ao lobisomem, algum filme de vampiro ou a um trash do Zé do Caixão.
Juro. A adaptação capenga de “O Lago dos Cisnes”, de Piotr Ilitch Tchaikovsky, me fez sentir vontade de sair do cinema. No entanto, a interpretação de Portmam é tão magnífica que consegue sustentar de cabo a rabo uma história medíocre e me fazer sair emocionada, com as tripas na mão, e assim ficar por um bom par de dias, com um buraco cavado no centro do sentir pasmo, medo, apreensão e loucura.
Chapei por vários dias ao receber a força da interpretação da atriz que salvou o filme daquele diretor que insiste em tentar ser David Lynch, sei lá porquê. Não sei como Darren Aronofsky tornou-se um diretor cult. Santo Deus! Os parâmetros para contextualizar o que é ou não arte estão profundamente empobrecidos.
Na semana que passou tivemos também ótimos textos e magníficos relatos aqui no Primeira Fonte. Muitas visitas, afinal, semana passada, batemos o recorde de visitações. Mas ou passou desapercebido, ou fazia muito calor, quem sabe a timidez baixou em nossos acompanhantes e visitantes, ou o carnaval se aproxima... sei lá! Mas o certo é que até às duas horas de hoje não vi comentários no magnífico 84, Charing Cross, da Alline Storni, nenhum na entrevista com Anderson, o diretor da peça Cousa de Mulher, poucos no do Carrano, sobre Jazz, e no da Senhora do Tempo, onde o foco acabou sendo meus recém feitos 69 anos. Tudo bem que o povo anda falando à boca pequena que é um número erótico, simbólico, e o que mais dá na telha de cada um. Agradeço aos que festejam a data comigo por amor e amizade. Mas que é uma esculhambação é, não concordam? Uma senhora respeitável, quando não incorpora o Lucas Piraí, que agora resolveu trocar de sobrenome para Lucas Vassoura, andar na boca do povo galhofeiro. Tenha dó! Amigos, muito obrigada pelos votos e Fal, pelo amor de Deus, o que é isto mulher?
No Caso da Dade, voltando à pesona ombudswoman que me assume neste momento, os comentários voltaram e Na Quitanda da Vida a diminuição tá poderosa. E olha que os textos oferecidos são de dar água na boca!!!!
Se alguém puder explicar os motivos, calor, carnaval ou calaboca, nós do Primeira Fonte ficaremos gratos, né Vanda?
Contarei a história de Vanda, O peixe grande, agora. Putz, meu braço voltou a doer. Fica para a próxima semana, falou? Vou marcar médico para saber porque dói tanto.