"Cousa de Mulher" é o nome da peça que estréia hoje no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro, às 21 horas, Ficará em cartaz até o mês de março e será apresentada às terças e quartas feiras.
O espetáculo foi montado a partir do livro " O Nome da Cousa" de Fal Azevedo, que nos explica, em entrevista os caminhos da peça ao livro.
Esther - Fal, Como “O Nome da Cousa” virou peça de teatro?; este livro foi publicado?; quem o descobriu para fazer a peça?; qual seu contato com os atores, diretores, o escambau?
Fal- Esther, o Domingos Jr, querido amigo e futuro marido da mamãe, é ator na companhia teatral do Anderson. Ele apresentou meus escritos pro Anderson, que gostou e adaptou. O livro foi publicado em 2006, por mim, de forma independente.
E foi assim :
O Anderson vai me mantendo informada das cousas, dos avanços, dos ensaios e tal, mas eu tento ter sempre em mente que é dele a adaptação, entende? O livro é meu, mas o texto da peça é nosso, é uma parceria, tem que ter a visão de mais de uma pessoa. É uma matemática difícil essa pra quem é escritor, porque a gente trabalha tão sozinho, né, tão dono de todas as decisões. Quando a obra abre e outro alguém começa a participar, há que haver cessão de espaço, de idéia, de vontade, de visão.
"Cuidado com quem não sangra, com quem não tem nenhuma cicatriz, nenhum esqueleto no armário, nenhum corpo no porta-malas do carro, nenhuma marca do tempo e nem arrasta, vez por outra umas correntezinhas pela casa mal-assombrada. Cuidado, sobretudo, com esses debilóides que repetem o que ouviram alguém mais debilóide ainda dizer "na vida só me arrependo do que não fiz".(Fal Azevedo) Esther- Desenvolva, por favor, criança
O Anderson vai me mantendo informada das cousas, dos avanços, dos ensaios e tal, mas eu tento ter sempre em mente que é dele a adaptação, entende? O livro é meu, mas o texto da peça é nosso, é uma parceria, tem que ter a visão de mais de uma pessoa. É uma matemática difícil essa pra quem é escritor, porque a gente trabalha tão sozinho, né, tão dono de todas as decisões. Quando a obra abre e outro alguém começa a participar, há que haver cessão de espaço, de idéia, de vontade, de visão.
"Cuidado com quem não sangra, com quem não tem nenhuma cicatriz, nenhum esqueleto no armário, nenhum corpo no porta-malas do carro, nenhuma marca do tempo e nem arrasta, vez por outra umas correntezinhas pela casa mal-assombrada. Cuidado, sobretudo, com esses debilóides que repetem o que ouviram alguém mais debilóide ainda dizer "na vida só me arrependo do que não fiz".(Fal Azevedo) Esther- Desenvolva, por favor, criança
Fal- Esther, tenho arrepio de quem não se arrepende de nada. Oi? De nada, nunca? Tem dó, nem o superman. A gente erra, levanta, faz o que o Paulo Vanzolini manda e sacode a poeria e quando menos se espera, thumba, faz outra bobagem. É assim. Não se arrepender não significa que o cara não fez uma cagada, só significa que o cara não tá nem aí, hahaha. Eu me arrependo todos os dias, peço perdão todos os dias. E te amo, também todos os dias, minha doce Esther.
Esther- Fal, Maliu tá casando?
Se ela te botar fora de casa para viver um louco amor venha para cá, por favor.
Fal- hahahaha, a gente inda tá escolhendo se ela vai casar com o Claudio Luiz ou com o Domingos. Tamos avaliando a papelada.
Fal Azevedo é autora de “Crônicas de Quase Amor”, “ Minúsculos Assassinatos e alguns copos de leite” e “O nome da Cousa”. E tem o Drops da Fal.
