quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ROBERT PLANT ENCONTRA CLARICE LISPECTOR



Claudia Lopes Bório *



Era um sábado quente em Curitiba. Corri, com meu vestidinho jeans, bolsa atravessada, levando uma pashmina vermelha. Aqui a gente nunca sai sem agasalho, mesmo que faça 30 graus durante o dia: o clima muda muito rápido. Fui ao Guairinha, tradicional teatro (uma versão menor do Guairão, nosso monumental teatro central, fica aos fundos, na lateral deste). Encontrei lá meu amigo teatrólogo e excelente ator, Álvaro Bittencourt, e minha filha, que vinha do lado oposto da cidade. 

No palco, uma cortina branca de fitas, uma iluminação muito linda, intensa, como se fosse o sol. Três móveis típicos da década de 60 e um cinzeiro. Abre-se a cortina aos fundos, é ela, de vestido vermelho, cigarro aceso na mão: Clarice! Era Beth Goulart, impecável. Sua semelhança com a escritora, impressionante. Perfeita! 

Clarice conta que escreve, porque necessita. Nada a faz escrever, mas escreve desde menina, talvez por vocação, talvez porque é a coisa que faz com mais facilidade, talvez por solidão. Ela troca de vestido: é a Hora da Estrela! Conta como queria alcançar uma estrela no céu, ser mais. Troca novamente, veste uma manta por cima; tantas personagens se sucedem. De repente, um ruído forte, uma vibração começa no teatro, enquanto ela encena seu monólogo concentrada. 

Minha filha me olha, consternada, e eu me lembro: no Guairão está acontecendo o show de Robert Plant! 

Meu Deus, percebo, estamos assistindo o show de Robert Plant pelos fundos. 

Enquanto isso, Clarice –Goulart conta como andava por Copacabana, num dia tão lindo, olhando as lojas, e sentiu um bem estar tão grande, mas tão grande, que se achou mãe: mãe do próprio Deus Criador. E foi andando assim, com a capa aberta às costas, pelo vento, em amplos passos, com elegantes saltos altos.  

Ah, eu me lembrava da primeira vez que vi um filme do Led Zeppelin em que Robert Plant cantava, abraçado ao guitarrista, com a camisa aberta, a calça baixíssima na cintura, os cabelos longos e encaracolados, e a voz extremamente peculiar, aguda. Era belo. Apaixonei-me. 

O disco deles que mais me marcou foi Physical Graffiti, em que uma capa muito bem feita retratava um velho edifício onde as janelinhas mostravam os integrantes da banda, as letras do nome e várias imagens meio sem conexão umas com as outras. Era maravilhoso. Ao visitar uma prima roqueira, eu me deitava no chão, fazendo tocar aquele disco bem alto, com as caixas de som ao meu redor, uma de cada lado, inundada de música. “Lie, lie, lie, in the light....” 

Foi quando Clarice quase pisou numa ratazana. Em um segundo deixou de ser mãe de Deus! Foi tomada por um nojo horrível! O rato era ruivo, ainda por cima! Ela tinha pavor de ratos, ainda mais um morto, era como se quisesse se obrigar a tocá-lo, mas sabia que o nojo era indizível, vendo ali aquele animal deitado, com os pelos avermelhados. 

E o que será que ele tocava então, talvez alguma das músicas daquele show em que havia a banda egípcia. Eu tentava adivinhar as melodias pelo som difuso que passava através do teatro e pensava em percorrer as coxias, fugir dos seguranças, entrar no show dele por trás. Esqueci por alguns momentos de Clarice. Mas eu queria ver Clarice também, eu queria ouvir Clarice! Então, prestava atenção em Clarice, que descera do ônibus à noite, no Jardim Botânico, perdendo-se entre folhas e cachoeiras. Mas o Robert Plant era o homem que disse que uma mulher estava comprando uma escada para o paraíso, achando que tudo o que reluz é ouro! O homem que invocava o ritual shamânico, pedindo que os quatro ventos o guiassem, e chamava Deus de “o grande rearranjador”. Como era lindo isso! Enquanto Clarice se perdia entre folhas, cascas, e águas. 

Eu sabia que Robert Plant era simpático, após ler uma reportagem da BBC em que o jornalista contava que foi até ele, visitá-lo no campo inglês, e ele veio pessoalmente, de Land Rover, pegá-lo na estação de trem. Achei o máximo: imaginei-me jornalista, entrevistando o homem dos cachos loiros e daquela voz sensacional, que ele nunca poupou, tanto que chegou a perdê-la e ter que fazer uma cirurgia. 

Mas Clarice, oh, Clarice foi aquela que nasceu para salvar a sua mãe, doente, mas não salvou: aquela filha de um judeu contador de histórias, no melhor estilo ídiche, que respondia as perguntas do entrevistador da maneira mais sincera e desconcertante possível. E ela não deixava de dizer que não tinha sotaque, mas sim a língua “presa”: que poderia ser operada, mas seria muito doloroso, e por isso ela não operava. 

Robert Plant deixou o Led Zepellin e foi o fim dessa banda. Todos diziam que o cantor loiro estaria acabado sem o fabuloso som da guitarra de seu eterno parceiro, Jimmy Page. No entanto, ele saiu, fundou uma outra banda e criou um dos sucessos românticos mais melosos do universo, daqueles de pingar mel – Sea of Love – que muita gente não sabe que é cantada por esse roqueiro durão de ar selvagem, que ganhou mais uma pequena fortuna com essa música. E ele prosseguiu em diversos discos, alguns bons, outros nem tanto, mas nos últimos anos tem sido bastante feliz.

  

 E assim Clarice nos contou de sua vida um tanto solitária, fazendo uma última oração para que quando chegasse a sua hora final não lhe faltasse, ao menos, uma mão humana. Minha filha e eu nos entreolhamos mais uma vez, emocionadas, um pouco eufóricas, com vontade chorar, sem fôlego: faltara-nos dinheiro para ir ao show de Plant, caríssimo. Mas sentíamos como se tivéssemos estado presentes, pelo menos um pouco presentes, na vibração, no ritmo profundo, que fizera tremer o velho teatro. 

Farwell, Robert Plant. Até um dia. 


*Claudia Lopes Borio é roqueira, decididamente, E escritora em Curitiba.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A IMPOTÊNCIA E A COVARDIA EM SÓ OLHAR OS GUARANI, KAINGANG E KAIPÓS



 Os da tribo Kayapó - que habitam a região amazônica de Mato 
Grosso-começaram a ser evacuados na marra  para construção da hidrelétrica de Belo Monte. 
Os kaingang seguirão.
Depois os Kaiowá,  E você e eu. 
Por nossa omissão, Em nome do progresso nós,, confortavelmente protestamos de nossas cadeiras reclináveis através das redes de comunicação da internete; protestamos e vamos depois comer a comida quente, gastar com gadgets etc...e dormimos em paz. 
Até que sejamos os próximos a ir para o olho da rua, viver à margem da civilização e acreditando que, por adotar o nome dos guarani-kayowá nos tornamos um deles. 
Fiz isto e não consigo sentir o momento deles.Apenas um vago soluço de medo temendo pelos meus direitos.

Um breve mal estar, assim como a chuva traz o cheiro da terra molhada, que nós é agradável, mas  já foi embora. Desejava meu sangue mais jovem para da revolta fazer o ato . Mas será que o faria: iria comungar com eles este momento de impotência em que resta apenas, como solução, o suicídio coletivo?

 
Não somos um povo, ou bando. Um bando defende os seus. Um povo luta pelos seus direitos. Somos sombras  do nosso individulismo coletivo, e sombra porque nem sabemos mais quem sou eu quem é você como cantava um antigo samba canção. Viu, tudo vira canto. Triste , magoado, mas sem ação.


Eles dizem e fazem. Vão se matar e o sangue deles pingará em nossos pratos de comida, na água do nosso banho, e no café com leite da manhã.
Mas tudo passará e nos acostumaremos com mais um genocídio neste mundo em que tudo é banal, menos a banalidade. 
elb

Carta dos Guarani-Kaiowá de Passo Piraju frente à ordem de despejo da Justiça Federal

Carta de seiscentos (600) comunidade Guarani-Kaiowá de Passo Piraju –Dourados-MS para o Governo e Justiça do Brasil
gkPor meio desta carta, vimos descrever e apresentar a nossa história e situação atual em tekoha Passo Piraju-Dourados-MS.   Nós 600 comunidades Guarani-Kaiowá estamos assentando na margem do rio Dourados-MS, há mais de 12 anos, aguardando a regularização da parte de nosso território tradicional Passo Piraju. Nos últimos dois anos no interior de tekoha Passo Piraju foi construída uma escola padrão (FNDE) com 3 salas pela prefeitura municipal de Dourados-MS onde estudam 150 alunos (as).
Fundação Nacional de Saúde construiu um Posto de Saúde, além dessas estruturas construídas em nossa pequena tekoha Passo Piraju ganhou também encanamento de água potável (caixa d’água) e instalação de rede da energia elétrica do Programa Luz para Todos. Nós comunidades cultivamos o solo, produzimos a alimentação aqui mesmo, plantamos mandioca, milho, batata-doce, banana, mamão, feijão e criamos de animais domésticos, como galinhas e patos.
Aqui agora não passamos fome mais. As nossas crianças e adolescentes são bem alimentadas e felizes, não estão pensando em prática de suicídio. Assim, há uma década, nesses doze (12) hectares estamos tentando sobreviver de formas saudáveis e felizes, resgatando o nosso modo de ser e viver Guarani-Kaiowá, toda a noite participando de nosso ritual religioso jeroky e guachire.
Porém, infelizmente, no dia 08 de outubro de 2012, de manhã recebemos uma triste notícia de extermínio/genocídio, violência e constrangedora, gerando profunda tristeza, perplexa, medo nas vidas de todos nós. Essa notícia é a ordem de nossa expulsão/despejo expressada pela Justiça Federal do Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3) São Paulo-SP. Recebemos esta informação de que nós comunidades, logo seremos atacada, exterminada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal.
Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e resgata o processo de extermínio de povo Guarani e Kaiowá, ativando as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território tradicional Passo Piraju. Assim, entendemos claramente que a decisão da Justiça Federal é para exterminar coletivamente nós povo Guarani e Kaiowá.
Diante dessa notícia de extermínio, todos nós começamos entrar em estado de desespero profundo e sem esperança de vida melhor. Os jovens e adolescentes começam pensar em morte e suicídio, não sabemos mais como garantir e anunciar o futuro melhor para nossas crianças. Realmente, queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, todos nós já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso pequeno território antiga.
Não esperávamos de ser exterminado pela própria Justiça Federal. Estamos tentando sobreviver dia-a-dia nesse contexto de violências, exigindo e aguardando a justiça, mas infelizmente, de fato, a própria decisão da Justiça Federal vai exterminar nossas vidas. Frente a violência e extermínio anunciado pela Justiça à quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas??  Para qual Justiça do Brasil??
Se a própria Justiça Federal está exterminando nos e alimentando violências contra nós. Diante da decisão Justiça, nós avaliamos e concluímos que vamos morrer todos pela própria ação da Justiça, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Moramos na margem deste rio Dourados-MS há mais de doze (12) ano.
De fato, sabemos muito bem que fora daqui, longe daqui, na margem da estrada iremos retornar a sobreviver na miséria e passar fome novamente, não queremos rever a miséria e fome de nossas crianças na margem da estrada, jogados como lixo como era antes, por essa razão, decidimos a resistir e morrer todos juntos aqui na margem do rio Dourados-MS. Se a justiça brasileira não quiser mais nos ver com vida por aqui pode mandar matar todos nós aqui no Passo Piraju.
Decidimos que na beira da estrada não vamos retornar, preferimos morrer que retornar à margem da rodovia, por isso, a Justiça não precisa mandar retirar e despejar nós daqui só manda matar todos nós. Esse é nosso pedido definitivo. Aguardamos esta decisão da Justiça. Queremos ser morto e enterrado junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje.
Assim, é para decretar a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Passo Piraju e para enterrar-nos todos aqui, somente assim, não reivindicaremos os nossos direitos de sobreviver. Esta é a nossa última decisão conjunta diante da decisão da Justiça Federal do Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3) São Paulo-SP.
Atenciosamente,
Tekoha Passo Piraju-Dourados-MS, 16 de outubro de 2012
Assinamos nós 600 comunidade Guarani-Kaiowá de Passo Piraju-MS




terça-feira, 23 de outubro de 2012

QUITANDA DA VIDA

Telinha Cavalcanti

Bolo é sempre bom. E este é um clássico dos anos 70: bolo gelado de coco, também conhecido como bolo Toalha Felpuda.

Ingredientes

    Para o bolo

4 ovos (claras e gemas separadas)
2 xícaras (chá) de leite
1 xícara (chá) de água
3 xícaras (chá) de farinha de trigo peneirada após medir
1 colher (sopa) de fermento em pó
100 g de coco ralado
manteiga quanto baste para untar a fôrma

  
Para a calda

1 lata de leite condensado
1 vidro de leite de coco
3 xícaras (chá) de leite
Coco ralado para cobrir o bolo

Modo de Preparo

Bata as claras em neve.
Junte as gemas, bata mais um pouco e adicione o açúcar, ainda batendo.
Coloque o leite, o coco, a farinha e o fermento, batendo sempre.
Leve para assar em fôrma untada em forno pré-aquecido em temperatura média, por 30 minutos ou até a massa ficar firme e dourada.

Para fazer a calda, misture os ingredientes líquidos, depois banhe o bolo ainda morno com a calda, polvilhe com o coco ralado e deixe esfriar.Leve à geladeira por 3 horas (passando a noite ainda é melhor). Corte em quadrados, embrulhe no papel alumínio e mantenha na geladeira até a hora de servir.

Imagem: Coisas de Caroll

domingo, 21 de outubro de 2012

84, CHARING CROSS - O 12 DE OUTUBRO

Elaine Pereira




Apesar de ter resultado oportuno, foi uma coincidência ter começado a ler “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” no dia 12 de outubro, em que todo mundo comemora o dia das crianças em desenfreado consumo e se esquece de Colombo.

Ocorre que o primeiro capítulo do livro trata justamente dos índios, e por outra coincidência, apareceu na timeline de um amigo de facebook um excerto de Los Hijos de los Dias, de Eduardo Galeano, escritor uruguaio, “En 1492, los nativos descubrieron que eran indios, descubrieron que vivian en América, descubrieron que estaban desnudos, descubieron que existia el pecado, descubrieron que debian obediencia a un rey y a una reina de otro mundo y a un dios de otro cielo, y que ese dios habia inventado la culpa y lo vestido, y habia mandado que fuera quemado vivo quien adorara al Sol y a la Luna y a la tierra y a la lluvia que la moja.” Achei muito bonita a abordagem, e depois ao cair das fichas com a outra leitura tudo ficou ambíguo.

Afinal de contas os índios não foram tão vítimas assim, como Leandro Narlock argumenta convincentemente no “Guia...”. E faz sentido. Os índios eram bastante afeitos a guerrear, e aproveitaram a oportunidade que o colonizador representava de alianças interessantes contra os inimigos, em um jogo onde não houve vítimas e opressores, mas sim interesses mútuos daqueles que enxergaram no colonizador um aliado. Em menor número, espanhóis e portugueses, por mais “civilizados” que fossem, com armas, presentes e tudo o que mais se diz deles, não teriam sido capazes de dominar os índios sem sua participação conivente.

Os tupinambás, que comiam gente, não deviam ser tão inocentes assim. Nem a nação tupi, que depois de algum tempo de presença européia saiu dos domínios amazônicos e se espalhou até o sudeste deixando rastros de que? Inocência? Escravidão imposta pelo colonizador? Piedade cristã pregada pelos jesuítas? Não creio. As conquistas, sejam quais forem, derramam sangue.

E então nesse dia que serve de marco do início da expansão que ajudou a definir o que somos hoje, extrapolo para tudo que tomamos como certo, tanto quanto o colonizador vilão e o índio inocente, e não posso deixar de rir internamente ao pensar nas teorias de conspiração onde as grandes empresas vilãs subjugam povos inteiros, e sem graça nenhuma, grandes massacres inegáveis que acabam, por ter mais atenção da mídia, parecendo serem os mais terríveis, quando tantos os superam em crueldade e quantidade, mas não em interesse público. E nossas infindáveis histórias de corrupção, onde mudam os personagens, os partidos, a cara-de-pau, mas continua sempre o mesmo resultado, fala-se, arrota-se patriotismo, viram heróis os que se limitam à mais pura obrigação de serem honestos, e nada acontece. Só esperamos pelo próximo escândalo. E quando ele coincide com o final da novela ou algum importante campeonato de futebol, a concorrência é desleal.

Falando em heróis, e os bandeirantes? Os mais puros paulistas desbravadores tinham em suas fileiras índios e mestiços, perdidos na História, não reconhecidos, ou renegando suas origens por interesses mais vaidosos. Enfim, somos todos humanos, índios, heróis, políticos, artistas de novela, nós ingênuos sentados nos bancos escolares ouvindo versões de histórias que não presenciamos. Mas acima de tudo, ainda continuamos na anestesia, com tanto para pensar, e nossas crianças querem é saber a que horas vão ganhar o presente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUITANDA DA VIDA

Telinha Cavalcanti

Gente, essa receita é novidade para mim. é uma maravilha de dois-em-um, a união de dois amores, uma coisa boa mais uma coisa boa que gera uma coisa uau: bolo-pudim. Com certeza, quem inventou isso tem parte com o demo :D


Bolo-Pudim

Ingredientes


Calda:
1 xícara de chá de açúcar
1/2 xícara de chá de água fervendo

Bolo:

1 xícara de chá de manteiga
1 xícara de chá de açúcar
3 ovos
2 xícaras de chá de farinha de trigo peneirada
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1/2 xícara de chá de leite
1 pitada de sal

Pudim:
1 lata de leite moça
2 xícaras e meia de leite
3 colheres de sopa de chocolate em pó (eu prefiro nescau, você pode usar o dos frades)
4 ovos

Como fazer

1) Calda:
Leve o açúcar ao fogo médio em uma panelinha. Derreta até caramelizar. Adicione a água fervente aos poucos e deixe dissolver bem o açúcar. Regue uma forma de furo no meio com esta calda, cobrindo bem o fundo e as laterais.

2) Bolo
Primeiro, pré-aqueça o forno a 200 graus.
Depois, bata a manteiga, o açúcar e os ovos na batedeira. Adicione, alternadamente, a farinha de trigo, o fermento, o leite e o sal. Despeje a massa na fôrma caramelizada. Reserve.

3) Pudim
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Despeje delicadamente sobre a massa do bolo e leve ao forno em banho-maria, até o ponto de enfiar um palito de dente e ele sair limpo. Deixe esfriar por algumas horas, desenforme e leve à geladeira até o momento de servir.

Como o pudim tem consistência diferente do bolo, as duas massas se separarão naturalmente e o resultado ficará perfeito.

Imagem: Click Grátis Receitas

Obs: na imagem, o bolo é de chocolate e o pudim é de leite moça - e na minha receita, o bolo é branco e o pudim é de chocolate. Mas a ordem dos tratores não alterna o viaduto, né? :D