A Dama de Ferro (The Iron Lady), em cartaz nos cinemas brasileiros, deu o terceiro Oscar para a atriz Meryl Streep, que dessa vez fez uma personagem real, a primeira ministra britânica Margaret Thatcher. O filme não agradou muito a crítica e a mim também não, mas todos concordamos na excelência do trabalho de construção da atriz. Os detalhes, a maquiagem soberba que a faz sumir dentro da personagem, sobretudo na fase mais idosa e delicada, quando Thatcher passa a conversar com o fantasma do seu falecido marido, impressionam pelos detalhes e também, pelo resulatdo final. Comemorei o Oscar da atriz indicada dezessete vezes porque sempre torci por ela e por admirar cada novo trabalho que muitas vezes me faz ir ao cinema somente por saber que ela está no elenco.
Tenho alguns momentos dessa filmografia muito fortes que se misturam a minha formação cinematográfica e gosto muito de alguns filmes. Faço aqui uma brincadeira, de memória, sem a menor pretensão de analisar criticamente performances e títulos, apenas aponto os filmes onde eu mais gosto dela. São escolhas particulares, sem ordem de preferência, momentos de uma carreira cheia de filmes, personagens e cenas favoritas.
A Escolha de Sofia (Sophie’s Choice)
É mais do que clássica a cena da escolha que Sofia é obrigada a fazer. É um grito sem som, um desespero nos olhos, dentro de um cenário devastador. Provavelmente uma das cenas mais emblemáticas da história do cinema.
O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)
A vilã mais deliciosa da carreira. O jogo de poder com Anne Hathaway e Emily Blunt é uma delícia e é muito difícil escolher uma cena dela, mas a que ela explica a secretária que não entende a diferença entre dois cintos muito parecidos.
Adaptação (Adaptation)
Uma jornalista de Nova York é a personagem dela, dentro de um filme onde ficção e realidade se misturam o tempo todo. Cômico e melancólico, uma delícia e imperdível. Como não encontrei a cena que queria, coloquei o trailler.
Um Grito no Escuro (A Cry in the Dark)
Baseado em uma história real, ela defende um personagem difícil, que sustenta que o seu bebê foi roubado por um lobo em um acampamento. A opinião pública a trata como assassina e ela luta até o fim para fazer valer a sua versão.
Dúvida (Doubt)
Adaptação de uma peça de teatro, o que justifica o tom teatral e muitas vezes exagerado do elenco. Aqui ela faz uma freira que percebe algo diferente na relação do Padre de sua paróquia e um dos coroinhas.
As Pontes de Madison (The Bridges of Madison County)
Minha Meryl Streep preferida. Clint Eastwood consegue fazer uma das mais bonitas histórias de amor entre uma dona de casa que passa um final de semana sozinha e recebe a visita de um fotógrafo que visita a cidade. Os dois se apaixonam e vivem uma bela história de amor.
Lembranças de Hollywood (Postcards from the Edge)
Uma jovem atriz talentosa luta contra as drogas e o álcool e também contra o ego de sua mãe, uma estrela do cinema, possessiva e competidora. A relação entre as duas protagoniza cenas antológicas entre Meryl e Shirley MacLaine. E ainda tem uma canja de You don't know me.
As Horas (The Hours)
Clarissa faz uma festa para seu melhor amigo, um artista por quem foi apaixonada. A história dela se entrelaça ao romance de Virginia Woolf, Mrs. Dalloway. A cena da cozinha, onde discute com um amigo. A cena da despedida de Richard. É difícil escolher um momento.
Domingo fomos almoçar na casa de Amado Sogro. E, de sobremesa, uma coisa que eu não via há muito tempo: mosaico de gelatina! É vintage, minha gente, é geladinha, tem a cara do verão. Comi e pedi bis :)
Mosaico de gelatina
Ingredientes:
Gelatina:
Algumas embalagens de gelatina de diferentes sabores
Use, no mínimo, quatro sabores de cores diferentes, para a sobremesa ficar colorida e gostosa
Creme:
1 envelope gelatina incolor
1 lata de leite condensado
1 caixinha de creme de leite
Como fazer:
Gelatinas:
Prepare a gelatina conforme especificado no pacotinho, mas só utilize metade da água da receita, assim ela vai ficar bem firme. Coloque cada sabor em uma fôrma retangular. Leve para a geladeira até firmar e depois corte em quadradinhos.
Creme:
Depois que a gelatina colorida estiver cortada, faça uma receita simples da gelatina incolor, acrescente o leite moça e o creme de leite. Bata no liquidificador.
Montagem:
Em um pirex grande e transparente, coloque os diferentes sabores de gelatina cortados em quadradinhos. Despeje o creme branquinho para formar o mosaico, leve para a geladeira e sirva quando estiver firme. Se preferir, faça tacinhas individuais.
Acho que nunca tirei umas férias por assim dizer tão convictas como as de janeiro deste ano. Fiquei de férias mesmo, em toda a extensão da palavra. Até aqui, os períodos de descanso foram sempre mesclados de dias e horas marcadas, compromissos impossíveis de adiar. Mandei tudo pro espaço dessa vez.
A sensação de estar longe do mundo tomou conta da numerosa família e a gente esqueceu de tudo à vista da praia e do mar, o canto de muitos pássaros e aves noturnas. Tempo para ouvir música, conversar em sossego, ver um bom DVD, fazer um joguinho tranquilo – ou agitar à vontade e depois ter garantido um sono sem perturbações. Mas há outras vantagens.
Uma das quais é o quanto esse isolamento torna aguda a percepção do que vai dentro da gente. “A dor e a delícia de ser quem se é” e o sentimento igualmente secreto, pessoal e íntimo da serenidade.Pois essa dor/delícia e a serenidade são irmãs gêmeas. Não se misturam, porque nesse caso deixariam de ser o que são. Mas os traços comuns ficam muito evidentes, como num retrato a nos olhar da estante. Conhecemos bem as diferenças entre ambas, e no entanto nos passam certo sentimento de univocidade – como dois conjuntos matemáticos com uma área em comum que de algum modo os define. São duas mas uma precisa da outra para existir inteira.
A gostosa dor de estar vivo e a serenidade formam uma santíssima dualidade. Santo quer dizer diferente, e nada é tão diferente como a dor/delícia de existir e ser quem se é. Por seu lado, a serenidade, um estado/sensação quase beatífica, embora nunca deixe de existir quando a conquistamos, dificilmente pode ser experimentada como merece nas horas em que o caos da vida urbana, as vitrines do shopping, o ambiente de trabalho com suas urgências ou a televisão dispersam nossa atenção.
Serenidade, eu acho, tem muito a ver com natureza. Precisa encontrar terreno propício no espírito, mas sua imagem e suas vozes estão soltas no ar, e ajuda muito mergulhar no silêncio de uma floresta, na imensidão sugerida pela visão do céu, do mar, do horizonte distante para perceber – e acolher, que são coisas diferentes.
Há outro ponto comum à dor de existir e à serenidade: ambas são o que os químicos chamam de elementos simples, irredutíveis, fundamentos da experiência humana de viver. Não se misturam. Convivem em harmonia e criam intervalos de prevalência, equilibram-se na gangorra dos dias, uma ajudando a definir e identificar a outra. Fertilizam a argila de que somos feitos como o adubo e a água fazem com a terra que recebe uma planta.
Saio do verão convencida de que não dá para viver plenamente sem mergulhar nessas duas instâncias. Para isso servem as férias. E nem é preciso se isolar tão completamente num recanto de sossego total. Basta querer recriar a própria solidão como quem decora uma casa; cultivar uma vida interior, que é necessária para todas as horas – esteja você sozinho ou não, porque sem ela a convivência com os outros perde em intensidade e o amor rapidamente se desvanece.
ATENÇÃO: VEJAM AS NOTAS DE RODAPÉ, ACRESCENTADAS DEPOIS DA PUBLICAÇÃO DO POST.
Este episódio, este pequeno capitulo de minha vida, na passagem da adolescência para a vida adulta, e de outros igualmente adolescentes e idealista, já foi rememorado aqui e ali, sem contudo formar um todo inteligível. Trocamos cartas abertas, eu e Esther, e já comentamos em posts, sucintamente, mas a história, com princípio, meio e fim, está para ser escrita.
Vou pedir socorro, aqui e ali, porque haverá lapsos e traição de memória. No próximo post, a repercussão do programa na imprensa local e outras matérias da época.
Assim como o Eastwood filmou uma mesma história sob dois pontos de vista (Cartas de Iwo Jima e A Conquista da Honra), o americano e o japonês, vou contar como vi começar, mas acho que a coisa já era embrionária quando entrei no roteiro e terminou quando eu já não estava em cena.
Soldado de Exército
Eu prestava o serviço militar obrigatório, como soldado burocrata, na 2ª Circunscrição de Recrutamento, em Niterói.
Lá conheci o soldado, colega de farda (risos), Alódio Moledo Santos, de passagem transitória pelo Exercito, como a minha seria e foi, e conheci também, entre outros, o cabo engajado Oswaldo Czertok.
Liceu Nilo Peçanha
Um belo dia, o Alódio me pergunta se eu toparia participar da feitura de um programa de rádio. Na época, sem ser um proeminente líder estudantil, eu participara de algumas atividades, seja porque fora presidente do Grêmio do Liceu Nilo Peçanha, seja porque fui diretor da Federação dos Estudantes Secundários de Niterói.
Topei sem saber do que se tratava. Alódio convidou, também, o cabo Oswaldo, que ara o datilógrafo da seção onde estávamos lotados. E precisaríamos de um.
Bem, fiquei sabendo, vagamente, que o programa seria na Rádio Federal de Niterói, emissora recém inaugurada pelo casal Léa e Antenógenes Silva. Abro parêntese para informar que havia um padre envolvido de algum modo, assim como o produto de beleza chamado Leite de Rosas (ainda no mercado?). Fica aqui meu primeiro pedido de ajuda, a quem possa me esclarecer (Esther?).
O horário conseguido, e outra vez tenho falha de memória, afinal são passados 50 anos, acho que pela mãe do Alódio, era aos domingos, no horário do almoço. Quando me refiro à falta de certeza, não é quanto ao dia e horário de veiculação, mas sim se o conhecimento com a administração da rádio era da mãe do Alódio.
O programa seria voltado para os estudantes. E se chamaria, adiante foi decidido, “O Estudante em Foco”. Esta escolha, assim como o prefixo musical (uma faixa do disco Metais em Brasa), foram escolhidos no primeiro encontro do grupo de produção e apresentação.
Como precisaríamos de redatores e eu tinha um amigo, colega liceísta de bom texto, chamado Eugênio Lamy, devidamente autorizado o convidei para integrar a equipe.
Na aludida primeira reunião, fui apresentado a uma jovem, viva, de raciocínio rápido, bem articulada, chamada Esther Maria Duarte Lucio Bittencourt. Não, naquela época ela era simplesmente Esther Bittencourt.
Vejam nota de rodapé
Embora tivesse me causado boa impressão, afastei de meu pensamento qualquer chispa, centelha, que me induzisse a insinuar uma conquista, um namorico. Afinal, na época, eu era "boa pinta", quem sabe teria chance?
Mas tinha duas razões para não ousar uma aproximação, digamos, romântica: a primeira foi a postura da própria Esther, que jamais me lançou aquele olhar, que era um código conhecido, de que havia um alvará liberatório para um aprouch, uma paquera. A segunda foi respeito ao Alódio.
Isto porque era, para meu olhos, visível que o Alódio sentia alguma coisa pela Esther e me parecia que isto era endossado pela mãe dele. Ela faria gosto, acho.
Devo acrescentar que o Alódio era um menino mimado, e não vejam nisso qualquer desdouro. Ter a mãe protetora ao lado é privilégio de poucos.
Aquele programa radiofônico teve repercussão nacional, quiça também no exterior, por conta de uma proeza da Esther, que conseguiu convencer o famoso astro americano Neil Sedaka, então campeão das paradas de sucesso, a vir até Niterói, sem custo (até porque não tínhamos verba alguma) e se apresentar em nosso programa na modesta Rádio Federal.
Esther foi procurá-lo no hotel em Copacabana e conseguiu que ele aceitasse vir até aqui a terra de Araribóia.
Rebuliço na cidade, porta do prédio tomada pelos admiradores, trânsito congestionado na Rua da Conceição. Uma loucura.
Gina
Assim como conseguiu, a danadinha*, outras grandes façanhas. Estiveram no programa a Miss Brasil, Gina Macpherson, diretores de colégios importantes na cidade, como o Figueiredo Costa e o Bittencourt Silva, e outros convidados, como por exemplo: o presidente da UFE, Claudio Moacyr de Azevedo, mais tarde eleito deputado estadual e mais adiante prefeito de Macaé; e a bonita Angela Maria Carrapatoso, rainha dos estudantes de Niterói.
Conseguíamos, no comércio local, algumas prendas de pequeno valor, para sorteio entre os ouvintes.
Bem, no que me diz respeito, a aventura levada a sério e com respeito, terminou antes do programa sair do ar.
Deu-se que já não me sentia confortável apenas estudando e meu sustento dependendo do pai. Embora o discurso dele fosse de que o estudo era a herança que me deixaria, dada a inexistência de bens materiais, o fato é eu precisava dar um rumo a minha vida, eis que as atividades estudantis paralelas (grêmio e federação), programa de rádio, e, ainda, bailes e peladas (futebol de salão) acabaram por me tirar um pouco do foco principal que era me formar. Ganhei experiência de vida, amadurecimento, mas perdi tempo na caminhada em busca de um diploma.
Assim, para mim, terminou o programa, abruptamente, sem despedidas formais dos amigos, companheiros de façanhas, alguns dos quais só voltei a encontrar passados anos**: Oswaldo, como dentista, com consultório no Fonseca; Esther, festejada poeta e jornalista com sólida carreira na imprensa do Rio de Janeiro, via internet, há pouco mais de um ano; Lamy, médico psiquiatra, recentemente, na praia, caminhando como eu. Finalmente Alódio, de cujo paradeiro não tenho notícias. Mas que era o dono da bola, pois como mencionei acima, se me não falha a desgastada memória, era a mãe dele tinha ligação com os donos da rádio.
Sei, apenas, que não se casou com a Esther, se é que tinha esta intenção, pois posso ter me equivocado no julgamento de que ele nutria um certo “quê”, pela lourinha culta e engraçadinha (não a do Nelson Rodrigues, mas a nossa musa).
Em minha memória auditiva, tenho ainda registrada a apresentação feita pelo locutor oficial da rádio, antes de nosso programa. Acho que se chamava Gercy Sueth (é esse o nome ?): “Das margens da Guanabara, para os céus do Brasil, fala a ZYP40, Rádio Federal de Niterói”.
O que ara uma balela, pois a emissora, de ondas dirigidas, não alcançava além de Itaboraí, onde eram refletidas de volta.
A música de maior sucesso do Neil Sedaka, era “Carol”, cuja letra vai a seguir:
* Aurélio: 16.Bras. Indivíduo hábil, vivo, esperto, inteligente, capaz de coisas extraordinárias. ** Nos casos de Lamy e Esther, mais de 50 anos.
Legenda da foto: notem que eu fumava, tinha cabelo, não tinha bigode, usava cinto e relógio. Hoje, a maior parte dos cabelos caiu, uso suspensório, não fumo há anos e deixei de usar relógio também faz tempo.
Imagens Google (as demais)
NOTAS: Primeira: A Esther localizou Alódio Moledo Santos, no Facebook. Ele já esclareceu para ela e eu acrescento aqui: 1) com efeito havia o padre Laurindo, que seria sócio na emissora; 2) como a Esther já havia corrigido, o produto de beleza era o Creme Marsília; os locutores da rádio, eram Gersy Suett e Ivan Borghi; o Alódio é Defensor Público.
Segunda: Leiam, no post que se segue, em comentários, a narrativa feita pela Esther de como foi a deliciosa aventura de trazer o Neil Sedaka para Niterói (travessia da Guanabara, almoço, camisa rasgada, etc)
8 comentários:
Gusmão disse...
Esse Claudio Moacyr de Azevedo é o que dá nome ao "Moacyrzão", estádio onde estão sendo disputados alguns jogos do campeonato Carioca? Bem-vindo de volta! Abraço
É o próprio, Gusmão. Além do estádio de futebol, em Macaé, ele tem seu nome num trecho de rodovia na Ragião dos Lagos e numa escola pública em Araruama. Aquela região do Estado era, digamos, seu reduto eleitoral (Iguaba, São Pedro D'aldeia, Araruama, etc.) Foi um dos últimos bons oradores parlamentares, inflamado e gestual, escola do Lacerda, embora não alinhado com este. Abraço PS: obrigado pela fidelidade ao blog.
Carrano, você sabe como entrei no grupo? Não servi exército, não estudava no Liceu, era professora primária, com apenas 15 ou 14 anos de idade, no Leopoldo Fróes, no Largo da Batalha. Não lembro como tudo aconteceu. bjs
Querida Esther, No primeiro dia de encontro do grupo, numa grande e confortável casa, você simplesmente estava lá. Eu, o Lamy e o Oswaldo não a conhecíamos. Sabe, eu contava que você pudesse preencher algumas lacunas desta narrativa. O que deduzo é que você e o Alódio já se conheciam do colégio (ele também não estudou no Liceu), ou as famílias se conheciam. Never mind. Amanhã publico uns poucos recortes que sobraram em meus alfarrabios. Beijo
uai, carrano, já havia postado isto, anterior ao outro post, mas parece que se perdeu nas calendas. mas, lá vai: Muito bom, Carrano. Sabe que já havia esquecido tanta coisa! A Léa Silva, mulher do Antenógenos foi a primeira locutora feminina do rádio. -Nacional, CBS-NBC EUA- Era violinista e química e criou a fábrica dos cremes marsília, que são fabricados até hoje. Não foi deles o leite de rosas , pelo que sei. Antenógenes escreveu saudades de matão e ganhou o concurso das gaitas honner, na alemanhã e , até hoje é considerado o maior acordeonista do Brasil. http://www.youtube.com/watch?v=9kCCFCpxpeA Este link é de saudades de ouro preto que também é dele e ele toca. Depois que você saiu radioteatralizamos o pequeno príncipe de saint exupery e, quando o programa terminou continuei trabalhando na rádio sob a tutela da lea e do antenógenes, além do marques meu patrão da silva, com quem aprendi o rádio. grande escola! fascinante as tuas lembranças. Posso publicar no PF?
É verdade Esther, você já havia contado alhures este desfecho, inclusive sua permanência na emissora, depois do fim do programa estudantil. A minha intenção era e é consolidar num mesmo lugar as informações esparsas que já trocamos. Quanto ao produto de beleza, com efeito me enganei. O da Lea Silva era mesmo o Creme Marsília que, se não me engano de novo, era vendido em duas versões: líquida e em creme (numa bisnaga). Informo aos meus seguidores que ainda não sabem, e também aos visitantes ocasionais, que o PF referido pela Esther é o Jornal Primeira Fonte, cujo blog é encontrável em http://www.primeirafonte.blogspot.com/ Sim Esther, a história também é sua. Portanto utilize-a como e onde quiser. Obrigado pelas informações complementares. Beijo
Muito legal a narrativa e os adendos de vcs .... queria poder reencontrar minha tchurma assim, para relembrar passagens sensacionais que nos marcaram. Tenho muitas boas lembranças da minha juventude. Abrs
O programa aludido no post anterior mereceu algumas notinhas na imprensa do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, conforme se pode ver:
A notinha publicada no jornal "A Comarca", de São Gonçalo, que só menciona meu nome, tem uma explicação. Eu namorava a editora da coluna social, filha do dono do jornal, que se chamava Maria Luiza Cruz Tinoco, um doce de criatura. Nosso namorico acabou por uma simples razão, que o caso que conto a seguir explica por completo: Deu-se que ela era amiga da irmã de um amigo, parceiro de aventuras e conquistas, chamado Roberto Durão. Maria Luiza comentou, em tom de lamento, certo dia, com esta irmã de meu amigo:" Eu fico trinta, quarenta minutos diante do espelho para me arrumar e enfeitar e o Jorge fica comigo quinze, vinte minutos e vai embora".
Quando eu soube, incontinenti rompi o namoro. Por certo ela não merecia um namorado como eu, mais preocupado com os embalos do sábado à noite. A notinha n'O Fluminense alude a um "programa levado ao eter..." é bem anos sessenta, ou não?
A assessoria de imprensa de voces é muito fraca. Cadê as notas no Estadão, no O Globo, no NY Times? (rs). Confesso que nunca ouvi este programa. Também domingo, às 14 horas, geralmente estava na praia ainda. Abraço
Nessas datas eu estava super envolvido com Tio Patinhas, Zorro e Tarzan. Só abria o CORREIO DA MANHÃ do meu avô para ver as notícias de futebol. rsrsrs
Carrano, nessa época eu tinha 9 anos. Com essa idade eu não lia jornal. Se a memória não me falha, apesar do ano letivo terminado, eu ainda estava envolvido em estudo por causa da necessidade de entrar para um "curso de admissão" e havia uma prova de seleção para entrar no que meus pais escolheram pra mim: o Alzira Bittencourt, que melhor preparava para um "vestibular", que era o concurso de entrada no Liceu. Abraço Carlos
li agora, Carrano. Ana Maria poderia contar como foi o agito com o Sedaka? estava muito nervosa, com a responsabilidade de não deixar o público chegar perto e, mesmo assim, lembro que ele saiu rasgado de niterói. se não me falha a memória ainda compramos uma camisa para ele pegar as barcas de voolta para o rio. Na ida para Niterói o comandante das barcas, o motorista, o motorneiro, não sei como chamá-lo à nosso pedido permitiu que ele fosse na parte de cima observando a paisagem. Almoçamos no Restaunte Lido, no Saco de Sãso Francisco- à época o Saco ainda existia- ele passeou com o pai, a mãe e a intérprete na praia onde ainda pastavam cavalos e viu uma boiada vir da estrada da cachoeira comer capim nas ruas. Morremos de medo com o preço da comida mas, o pai dele, gentilmente, pagou. Nós não comemos para não fazer o preço ir para as alturas.
Quem comanda a embarcação é o arrais. Eu disse arrais, não Arraes, Esther (rsrsrs). Este é o pedaço mais delicioso da história e você ia nos deixando sem registro. O Lido era um bom restaurante, na época. E o preço nem era tão salgado. Se fosse meu pai não poderia, vez ou outra, levar-nos (5 pessoas) a comer "peixe à brasileira", uma das especialidades da casa. Beijo e, de novo, obrigado por enriquecer o blog com seus comentários.
Fico impressionado lendo essas coisas boas todas ... como nossa cidade mudou, hein ? Quanto ao LIDO, meus pais raramente iam lá, e quando iam, lembro-me que era pra "traçar" uma bandeja de camarões ao alho e óleo, e papai com sua Malzebier. E para os fãs do cara, vai o link atual com seus shows : http://www.neilsedaka.com/ Não fui ao show dele em Dallas em outubro de 2008 (estava em um congresso) porque preferi ir aos Blues Brothers, no mesmo dia. A entrada de ambos era tipo 110 dólares !O grupo em que eu estava se dividiu, e os que foram ao Neil Sedaka voltaram boquiabertos com a qualidade do show, que foi no "ginásio" American Airlines Theatre (enorme). abs
O pai da Maria Luiza se chamava Turibio Tinoco. Conheci o irmão dela, que tinha o mesmo nome do pai (Turíbio). Ela casou, teve filhos, mas faleceu ainda jóvem.
Paulo, Nossas primeiras idas ao Lido foram de bonde, que transitava pela Estrada Fróes e fazia o retorno exatamente onde havia o restaurante. Depois, passamos a ir num Austin A70, carro inglês que meu pai comprou. Niterói era, naquela época, a melhor cidade para se morar. Pertinho da capital da república (Distrito Federal), mas com a tranquilidade de cidade interiorana, onde todos se conheciam. E as praias, mesmo as do interior da Guanabara, eram frequentáveis. Abraço
Putz .... eu viajo vendo fotos antigas de Nitheroy ! Mexe comigo mesmo, impressionante. Mas minhas lembranças iniciam mais ou menos em 1957-1958 ...lembro muito do nosso pai nos ter levado para ver o Camboinhas e a corveta V20 encalhadas - fomos no FORD 41 do velho ...hehehehe Link : http://www.naufragiosdobrasil.com.br/naufcamboinhas.htm
Prezado Paulo, Para você que é apreciador de imagens de Niterói, e também para os amigos Esther e Ricardo que estão vivendo em paraísos distantes (Caxambu e Nova Petrópolis) eis um link que remete à visão de um turista na cidade. https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=135a17f5a3b345f5&mt=application/vnd.ms-powerpoint&url=https://mail.google.com/mail/?ui%3D2%26ik%3Daa4d2055e9%26view%3Datt%26th%3D135a17f5a3b345f5%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26zw&sig=AHIEtbRufASeF1-t9nbSuAkyV7fm83CB4g
Não posso ajudar muito quanto ao "agito" causado pelo visita do Neil Sedaka. Lembro que, como tínhamos um pistolão(o Jorge é claro), ficamos eu e minha irmã espremidas num corredor estreito. Vi o referido cantor através do vidro do Studio e numa passagem rápida oelo tal corredor, cercado de pessoas . Não dei muita importância pois que , naquele tempo, era fã do Paul Anka.
Quanto ao Lido, restaurante em São Francisco, não sei se era barato, mas, mesmo que não fosse, nosso pai nos levaria. Era perdulário, principalmente no que se referia a comida. Frequentamos tb outros restaurantes conceituados. Lembra do Derby, ao lado Cine Central , nas Barcas? Antes que eu esqueça. Antes do Austin Sedan, papai teve um Buick que nos proporcionou excelentes passeios...
Esqueci do Buick, Ana Maria. Foi nele que "aprendi" a dirigir. Depois fiz a auto escola Trajano, para poder fazer a prova de habilitação. É, papai pedia parcimônia nos gastos, mas em matéria de gastronomia era liberal. Beijo
Um assunto puxa outro... Paulo relatou e eu me lembro bem de nossa aventura para ver o Camboinhas e a Angostura encalhados. Quanto ao Lido, lembro dos camarões. Lembro mais: que mamãe àquela época bem tomava uma cervejinha (não só Malzbier) e nos deixava beliscar a espuma do chopp. Por conta disso, posso afirmar que a cerveja Weltenburger Kloster Urtype Hell, fabricada em Petrópolis sob supervisão alemã, resgata aquele gostinho que eu conheci no Lido (eta memória gustativa!). O Lido demorou a ser desativado. Cheguei a frequentá-lo alguns anos mais tarde, com meus amigos. Abraço Carlos
deixe explicar o caso do Lido. O gasto com a família inteira do Neil Sedaka, com uisque etc... mais a empresária estava além de nossas posses de estudantes. Já gastáramos muito com táxis, que na época era um luxo e se não me engano, o Alódio ou o Carrano haviam combinado com uma amiga de São Francisco para poreparar um almoço e receber a todos. Mas o pai do Neil desejava comer camarão, alguma coisa assim. Gastársamos muito com a divulgação, lebra Carrano? imensas faixas que penduramos pela cidade, pois precisávamos de patrocínio . caso contrário o programa acabaeria. Ana Maria, lembro-me de que o estúdio ficou lotado e que quando pedimos para ele cantar, já havia avisado que por questões contratuais não poderia, o Ivan Borghi, na técnica tascava um disco dele. Já era Lp , não Carrano? Havia realmente uma grande disputa entre Paul Anka e Neil Sedaka. Mas quem tivesse chegado ao Rio seria levado ao programa. Era condição sine qua non de sobrevivência. E claro que conseguimos patrocínio. Em conversa com o Alódio, através do facebook , ele me informou que o convite para que eu participasse do programa saiu dele. preciso saber como foi isto, hoje ainda pergunto.
Sim, Esther, o formato já era de Lp (33rpm), com capas bem elaboradas. Já contei no blog que tenho um razoável acervo de LPs, em especial de jazz. Quando morei em São Paulo (87 a 95), já pela segunda vez, comprava LPs usados na feira da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros.Algumas raridades. Mas voltando ao programa "O Estudante em Foco", que bom que o Alódio foi localizado no Facebook, e está bem. Assim como o Eugênio Lamy, que encontrei recentemente em Icarai. Tirante você, Esther, ninguém seguiu carreira jornalística. Beijo
*** Jorge Carrano escreveu sobre este assunto em seu blog Generalidades Especializadas e, a partir de então a memória dos amigos se aquecem e retomam fatos passados que nos constitui no presente. Em seguida, consegui contatar Alódio Moledo dos Santos no Facebook. Eis nossa conversa:
Bom dia, Alódio Moledo Dos Santos, você é a pessoa que eu e Jorge Carrano procuramos, será? Com quem fizemos o programa de estudantes na rádio federal. De qualquer forma agradeço ter aceito o convite de amizade. abraço
8 comentários:
23 de fevereiro de 2012
Repercussão na imprensa - O Estudante em Foco
20 comentários: