Por Gabriela Braga
Fui ao lançamento do livro em SP. Encontrei as meninas, a Fal. E vim lendo no vôo de volta. Degustei até a última página, depois de ter passado por todas emoções que o Minúsculos traz - chorei no avião, dei gargalhadas. Sobrevoando Goiás, me descobri chocada, identificada, apaixonada pela Alma. Literalmente!
Na semana seguinte, entreguei o livro ao Arthur Tadeu Curado, meu amigo queridíssimo, ator e dramaturgo de mão cheia. Só disse: leia.
Não me lembro bem do que aconteceu depois, mas terminamos resolvendo que não tinha jeito. A gente estava inescapavelmente atado à Alma... e tinha que dividi-la, mostrá-la ao maior número possível de pessoas. E foi assim que levamos Minúsculos pros palcos.
No Rio a adaptação para teatro foi do Crônicas de Quase Amor, outro livro da Fal. Até onde eu sei, não houve outra adaptação do Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite antes dessa.
Eu não tenho técnica nenhuma. Quem pode explicar melhor isso é o Arthur. Eu fui com ele, pela mão, me levando. A gente selecionou o que, no nosso jeito de ver, não poderia ficar de fora do nosso jeito de contar essa história. A gente se apropriou mesmo dela. E foi a partir disso que foi saindo a peça. Eu participei do começo, mas tive que me afastar por motivos pessoais (que eu já te contei, meio por cima) e voltei só pra ver um ensaio e dar uns pitacos. Quem apita a coisa toda é mesmo o Arthur.
Nunca tinha participado de uma adaptação. Li algumas peças, Nelson Rodrigues, Shakespeare... essas coisas. Assisti a muitas e me dou relativamente bem com as palavras... Mas o que eu mais sou nessa vida mesmo é cara de pau! hahahahaha pode acreditar no que eu digo. Eu não me intimido com o que eu não conheço. Eu vou lá ver como é que é. Eu sou cricri, eu pergunto até entender... Taí a única coisa que me orgulha na minha teimosia capricorniana. ;)
A história do teatro começa, na minha vida, provavelmente, por motivos bem diferentes dos tradicionais. Minha família tem gente que fala muito bem e eu sempre admirei profundamente os oradores, aqueles cabras que pegam a idéia pela rabo, dão umas boas rodadas nela e botam a coisa pra trabalhar a favor deles, sabe?
Depois, vieram os livros... E lá estavam as palavrinhas... E os meus autores preferidos foram surgindo e eu me apaixonando cada vez mais. Daí pro teatro foi um pulo. Com meus 12 anos, meu pai me levou pra assistir "Brincando em cima daquilo" um monólogo com a Marília Pêra. Eu sai de lá sem pisar no chão.
Profissionalmente, fiz produção de teatro pra uma peça da Andréa Alfaia, aqui em Brasília, chamada "Canção pra se dançar sem par" (monólogo dirigido por ela, dessa vez com Arthur no palco!).
A Alma é uma figura! Eu gosto dela. Eu quero que as pessoas conheçam a Alma. Ela tem um jeito muito bacana de contar a própria história e eu acredito mesmo que todo mundo e cada um, num determinado momento, vai se identificar com ela. Ela é uma sobrevivente dela mesma. Ela tem o poder de "ligar" umas luzinhas fundamentais dentro das pessoas.
A peça fica em cartaz de 02 a 26 de junho, em Brasília, no teatro do Brasília Shopping. Depois? Só Deus sabe. Mas, se a MERDA for abundante como esperamos... O Céu é o limite!
Livro da escritora Fal Azevedo e que foi adaptado para o teatro por Arthur Tadeu Curado, Thaís Strieder e Gabriela Braga, produtora da TV Brasil, estréia dia 3 de junho, sexta-feira em Brasília, no Shopping onde fica o Teatro de Brasília.
O texto é da escritora paulistana Fal Azevedo foi adaptado para o teatro pelo Arthur Tadeu Curado, Thaís Strieder e Gabriela Braga. A direção é do Arthur e a atriz é a Thaís Strieder.
Gabriela Braga, a Bela, convida a todos para conhecer a Alma, personagem central do livro. "Não poderia guardá-la sozinha para mim."
O TEATRO DO BRASÍLIA SHOPPING
O Brasília Shopping é considerado um Shopping Monumento e ponto turístico. Foi construído em 1997 e está localizado na extremidade central da Asa Norte. É um centro de negócios, compras, serviços e lazer. São 105.000 m² de área construída.
A autora do livro, Fal Azevedo, estará no local.