VÍTIMAS DO PÊNIS
Por Dorothy Coutinho
O que leva alguns homens que fazem parte da história da humanidade a arriscar família, carreira e a liberdade, por um breve momento de pura adrenalina sexual? Por um rabo de saia? Sem ninguém para ajudar a soltar o rabo preso?
Em matéria de perversões sexuais, há um empate entre os imperadores romanos e os imperadores do mundo moderno. A favor dos romanos, há o fato de que há 2.000 anos eles já usufruíam a reforma agrária, a casa própria, e os seus generais iam pra linha de frente nos campos de batalha. Mas tal e qual os imperadores antigos, os modernos são chegados a uma fuzarca sexual.
Thomas Jefferson, Kennedy, Clinton, Schawrzenegger, Belusconi entre outros políticos de carreira, e vários intelectuais todos eles homens de vida pública e detentores de alguma forma de poder. O caso mais recente aconteceu com Strauss-Kahn, o tarado do FMI e do seu pênis predador pra cima de uma camareira do hotel onde esteve hospedado.
Parece que a comunicação entre o homem e o seu pênis tem sido precária, porque o pênis não está “nem aí” aos apelos à razão, e o resultado é o estrago que ele vem causando a carreiras e reputações através dos tempos.
Ninguém sabe qual é a inclinação política do pênis. Na anatomia humana ele é “centrão” assumido, como todos os políticos italianos. Ora pende para um lado, ora para outro. Se falasse definiria sua posição como: “sou mais eu”. A sua ideologia continua desconhecida. É evidente sua independência de pensamento e ação.
Há esquerdistas com pênis fascistas.
Há conservadores com pênis sempre atrás de novas experiências.
Há liberais com pênis intervencionistas.
Há democratas com pênis estúpidos.
Há socialistas com pênis maciçamente hipócritas.
Como se vê, o pênis não passa de um livre atirador. Ele não tem dono. Não leva em consideração a conveniência dos seus donos.
Será que o Strauss-Khan antes do ataque à camareira tentou um diálogo com o seu pênis? Pelo jeito o pênis do Strauss não deu ouvido, nem ligou e seguiu adiante.
E o ex-provável candidato, a presidente da França está politicamente liquidado. Mais uma vítima do próprio pênis.
O que fazer para que fatos como esse não se repitam?
- a castração como condição para o serviço público masculino, com vistas a carreiras políticas. Para o pênis aprender.
- ou a gradual substituição de homens por mulheres no poder em todo o mundo. Solução que já está em curso. Os homens manteriam seu pênis, mas sem a possibilidade de causar mais estragos, que via de regra os transforma em vítimas.