Por Bianca Monteiro
Com tudo na vida prosperando, é meio difícil não reparar nas arestas
não aparadas, por mais que estas sejam mínimas. Até mesmo com a vida
social estando impecável, assim como a amorosa, a interior (porque não
consegui arranjar um nome melhor, mas ela existe), a profissional e a
escolar (parcialmente), é incrível como há sempre algo para atrapalhar a
nossa felicidade... O que importa é como escolhemos o que aquilo será pra nós ou não. Quer
dizer, qualquer um pode tornar uma situação um bicho de sete cabeças ou
algo simples. Depende diretamente de como você decide lidar com aquilo. O caminho que escolhe seguir.
Hoje em dia, nas circunstâncias supracitadas, pouca coisa
realmente me afeta. Isso é evidente. Mas, infelizmente, como nada é
incorruptível, há sempre aquela coisinha que te destrói com facilidade,
como kriptonita. Que de apenas sentir sua presença perto de mim, é
infalível. E é bem específica: estar decepcionando de fato pessoas que
amo, ou somente sentir que estou. Acaba com a vontade de continuar
qualquer coisa.
O jeito que tenho achado pra combater esse sentimento é tentar me afastar menos, em vez de me aproximar mais e gerar o efeito contrário. Quer dizer, acho que esse tipo de coisa não se pergunta. Se for só noia, é bom pra servir como uma conscientização e evitar que seja verdade. Porque se for verdade mesmo, alguém sempre acaba falando. Combater um sentimento é uma coisa. Tentar mudar a realidade já é mais complexo... Nesse caso, o melhor a fazer é evitar. Evitar a dúvida, o ato em si. Lidar de forma errada com pessoas amadas, próximas, admiradas, amigas, importantes, e tudo mais, é perigoso sempre. E pode ser irreversível.