Tenho ido muito ao cinema. É o meu segundo lugar preferido. Há a parte boa: o filme, como foi pensado, no seu formato original, preservado em suas dimensões de som e imagem. E os contras, como enfrentar filas grandes para comprar o ingresso e outra fila gigante para entrar nas salas. E o principal, tentar não me irritar tanto ou mais do que deveria com conversas durante o filme, celulares e visores ligados - durante o filme, pés na cadeira de trás, barulhos de papéis de bala, de biscoito e afins, adivinhe, durante o filme. Reclamações de um jovem senhor, admito. Mas o que há de errado em entrar numa sala para assistir um filme, se programar para isso e deligar o celular por 120 minutos? O que há de tão urgente para ver na internet - novamente pelos celulares - ou para twitar ou atualizar o status do facebook que não pode esperar o tempo de duração de um filme?
Sempre vou prefeir ir ao cinema e faço parte de um grupo que durante o Festival do RJ assiste 55 filmes em 10 dias, numa maratona de entra e sai de salas enlouquecedora. Mas confesso que o conforto da minha casa e também minha falta de paciência com a falta de educação alheia, me fizeram investir em equipamentos de áudio e vídeo que se aproximam muito do que uma sala de cinema nos oferece.
Abaixo, uma breve sugestão dos filmes que estão em cartaz nos cinemas:
Delicado e diria imperdível. A relação de dois irmãos, que após o divórcio dos pais, também se separam. Koichi, o irmão mais velho com 12 anos, mora com a mãe na casa dos
avós, localizada ao sul da ilha japonesa de Kyushu, perto de um
preocupante vulcão Sakurajima. Já o caçula, mora com o pai, ao norte da
ilha. Assim como a maioria das crianças que passam por essa situação, o
maior sonho de Koichi é ver a família junta novamente. Quando ouve um amigo da escola dizer que um desejo pode ser realizado
se feito no momento em que dois trens-bala se cruzam, o garoto decide
planejar uma viagem secreta até o ponto de intersecção dos trens, com a
esperança de que o milagre aconteça.
Eu revi a quadrilogia de Aliens nas duas semanas que precederam a estreia de Prometheus. A atmosfera do desconhecido já estava estabelecida, então eu aproveitei muitíssimo esse filme do Ridley Scott. Em Prometheus, nós acompanhamos a Dra. Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e o Dr. Charlie Holloway (Logan Marshall-Green)
em uma expedição ao espaço em busca da origem da vida humana. Os dois
arqueólogos acreditam que uma civilização alienígena, chamada por eles
de “Engenheiros”, criou a vida na Terra. A base dessa teoria é um
símbolo, encontrado em civilizações terráqueas antigas, que foram
separadas por séculos e quilômetros e nunca partilharam nenhum contato.
Com isso, os dois conseguem o financiamento de Peter Weyland (Guy Pearce), da Weyland Corp.de Alien, e partem na nave Prometheus em busca da origem da nossa existência.
Em 1752, a rica família Collins, de Liverpool, parte para a América do
Norte. O filho Barnabas (Johnny Depp) se torna muito poderoso em Collinsport
(cidade que, inclusive, leva o nome da família), até que comete um erro ao seduzir Angelique Bouchard (Eva Green). Bruxa poderosa e maquiavélica, ela decide
se vingar matando a amada de Barnabas e o
transformando num vampiro, que é enterrando vivo e fica por dois séculos. Em 1972, uma obra em Collinsport esbarra no
caixão de Barnabas, que é desenterrado pelos operários. E conhece seus familiares, em decadência financeira e reencontra a bruxa, com quem trava mais uma batalha. Os figurinos são espetaculares e diverte muito.
Filme de 2010 que só agora entra em cartaz por aqui. Retrata uma crise de um casamento, tendo como base a suspeita de uma traição e um amor inesquecível. O casal protagonista formado por Keira Knightley (Joana) e Sam Worthinton (Michael) passa por uma difícil crise de fidelidade no casamento. Isso acontece quando Michael precisa viajar a trabalho e, consequentemente passar uma noite longe de Nova York e da esposa, mas ao lado da bela colega Laura (Eva Mendes), que mostra um claro interesse por ele. Paralelamente a isso, Joanna reencontra um antigo amor (Guillaume Canet), que a deixa emocionalmente abalada e incerta em relação ao casamento. A cena final é uma delícia.
Numa releitura muito mais sombria do que a doce versão da Disney de Branca de Neve e os Sete Anões, agora a fábula ganha ares misteriosos, elementos fantásticos e clima épico de ação e aventura. Na trama, Kristen Stewart é Branca de Neve, a jovem que provoca ira da Rainha Ravenna (Charlize Theron) por roubar dela o posto de mulher mais bonita do reino. Por este motivo, a Rainha ordena que o caçador Eric mate a sua enteada. Porém, ele faz o contrário, e passa a ser o defensor de Snow White, protegendo-a durante a fuga, apoiando-a na batalha de retomada do trono e até ensinando alguns golpes de guerra e defesa. De armadura e espada na mão, ela dá início a uma grande aventura. Toda a solução visual criada para a Rainha é espetacular.
*****
Em breve comentários sobre Para Roma, com Amor, de Woody Allen; Fausto, de Aleksandr Sokurov e Febre do Rato, de Cláudio Assis.