quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CORRESPONDÊNCIA URBANA. DE ANA PAULA MEDEIROS PARA FAL AZEVEDO

Fal,


Quando a gente lê um texto seu, é fácil se identificar. Nós somos todas aquelas mulheres que estão ali, nem que seja só um pouquinho, nem que seja só de vez em quando.

Ver a peça "Cousa de Mulher" foi uma emoção muito grande. As atrizes que interpretam as personagens que você criou podem não ser exatamente parecidas com o que a gente imaginou quando leu, mas isso é que é legal. Você cria personagens tão universais que praticamente qualquer tipo físico, qualquer cor de vestido, qualquer tamanho de cabelo se enquadra. Cada uma das atrizes em cena conseguiu captar um tiquinho de você, um gesto, um tom de voz. Menos a arqueada de sobrancelha, que a sua é única no mundo! Olha, eram três moças, um rapaz, e um cenário que eu achei bem legal, versátil, conciso, na medida. Uma adaptação bastante bem feita e desempenhos que crescem ao longo da peça. Mas eu vi você e ouvi tua voz cada vez que identifiquei os trechos do livro ("O Nome da Cousa") que eu leio e releio tantas vezes em casa, e isso pra mim é um privilégio supremo. Foi um jeito de estar contigo neste aniversário. 

Parabéns, minha querida!