quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

COUSA DE MULHER, POR CLAUDIO LUIZ E MONIX










Cláudio Luiz foi ver, e olhem acompanhado de quems, a peça "Cousa de Mulher", baseada no livro da Fal Azevedo,-hoje é aniversário da Fal-   "O Nome da Cousa" e escreveu suas impressões. Mônica Chaves que o acompanhou, a Monix, também escreveu sobre e, nós do Primeira Fonte, agradecemos aos dois.


Esther, Boa noite / Bom dia.

Acabei de chegar do teatro,( Ipanema, no Rio de Janeiro) .
Comigo foram a  Ana Paula, a Carla San e a Monix (de duas fridas).Pedi a todas que escrevessem. A Ana e a Carla enviarão direto pra você, a Monix, enviou-me, por não ter o seu endereço.

Vou colocar o Texto na Monix em rosa e o meu em roxo para não ter dúvida.



Mônica Chaves



Ana, Paola e Lia são três mulheres interessantes. Amáveis - não no sentido de dóceis, mas porque a gente aprende a amá-las, muito rápido. São fortes, complexas, meio instáveis, como quase todas as mulheres.
Elas são assim porque suas palavras são um espelho (daqueles meio distorcidos, de parque de diversões) das palavras da Fal. Que é tudo isso e é doce, inteligente, às vezes um pouco malvada, como devem ser todas as pessoas que me interessam.

As palavras da Fal são universais, e a peça 'Cousa de Mulher' é a prova disso. Quem as pronuncia pode ser uma louríssima sexy, uma dona de casa numa encruzilhada da vida ou uma proto-atriz meio sem rumo: as palavras da Fal caem bem em qualquer uma de nós. Sair do teatro se sentindo um pouco amiga de cada uma das personagens é uma cousa bacana.

Agora não sei se ela quer que use Monix ou Mônica Chaves. Acho que deve ser Monix mesmo.
Monix - Duas Fridas  - http://duasfridas.wordpress.com/



Cláudio Luiz

Primeiro preciso agradecer o Domingos pelo convite.

Segundo, parabenizar o Anderson pela escolha do texto da Fal.

Depois, mesmo sabendo que vou cair no lugar comum, não poderei deixar de dizer que a Fal é ótima. E ela está lá na peça. Quando não está totalmente escrachada, ipsis litteris, está num ponto de vista do Anderson, mostrando outras possíveis leituras dos textos e das personagens.

O melhor que eu poderia dizer sobre a peça  seria se eu conseguisse reproduzir os comentários que ouvi das amigas que foram comigo – Cousas de Mulher sobre Cousas de Mulher.

É impossível não identificar-se com elas, é impossível não identificá-las. Sempre se terá uma amiga, uma tia, uma mãe que é exatamente igual àquelas personagens.

O que fiquei pensando foi na agonia daqueles que (ainda) não leram o livro por não poder sublinhar aquelas frases geniais, aquelas respostas maravilhosas (que nunca nos vem à boca quando queremos e precisamos), aquelas tiras de humor e sarcasmos ótimas para guardarmos e usar num dia qualquer. Não tenho dúvida que estas pessoas saiam do teatro com uma frase ecoando na cabeça.

Agora, com licença que vou ali pegar o meu exemplar do livro pra ver se estão mesmo todas sublinhadas.

NB – uma sugestão pro Domingos, que ouvi da Carla San, depois do espetáculo - que tivesse alguns exemplares do livro disponível pra venda no foyer do teatro.

Cláudio Luiz