quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ALIMENTOS PRESSIONAM A INFLAÇÃO

Por Ana Laura Diniz

Exportação de carne ajuda inflação subir
Atenção, consumidor. Mais uma vez, os alimentos pressionam a inflação. Mês passado, carne e feijão – dois dos produtos preferidos pelos brasileiros – foram os que mais subiram; e exatamente por causa deles, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial do governo para calcular as metas de inflação, teve a sua maior taxa desde fevereiro.

Para se ter ideia, em outubro, o IPCA subiu 0,75%. Nos últimos doze meses, essa taxa de inflação já soma 5%, o que está acima da meta governamental, de 4,5%. Fechado, o preço dos alimentos subiu muito. Em média, 1, 89%. Esse foi o maior aumento dos alimentos desde junho de 2008. E desde janeiro, a inflação oficial já acumula uma alta de 4,38%.

Nos últimos doze meses, essa taxa de inflação já soma 5%, o que está acima da meta governamental, de 4,5%.

Segundo especialistas, somando problemas climáticos que prejudicaram a qualidade e reduziram a ofertas de alguns produtos agrícolas, a explicações para o aumento se dá pelo fato de as exportações de carne estarem em alta. “A demanda para o exterior é muito grande, uma vez que os preços melhoraram com a queda do dólar”, disse o economista Luiz Carlos Ewald. "Ou seja, como o dólar está barato, então aumenta o preço em reais e aí o reflexo vem para cima de nós, consumidores."

Toda atenção é pouca, porque outro aspecto importante, e que pouco se fala, é o fato de se ter muito dinheiro na praça. “Entrou muito dinheiro por causa das eleições e para que todo mundo saiba o que representa o dinheiro, lembra anos atrás quando a poupança foi confiscada? De repente, em 24 horas, a inflação zerou, porque ninguém tinha dinheiro para comprar”, acrescentou o economista.

Em suma, a ciranda econômica é uma só: a falta de circulação financeira contribui com a baixa da inflação. “Muito dinheiro circulando, a economia fica molhada e aí os preços sobem”, finaliza Ewald.