quinta-feira, 16 de agosto de 2012

DIÁRIO DE UMA ADOLESCENTE. AS MUDANÇAS

Por Maria Clara Machado,
a Nana Tchururu


Imagem do Google
É impressionante o quanto as pessoas mudam.

Tenho notado isso em mim, não só fisicamente como mentalmente. Mas às vezes você descobre lá no canto de cima do armário uma caixa onde estão guardadas as mais diversas lembranças e nota que algumas coisas ainda permanecem.

Em uma dessas peripécias em cima do armário, achei um diário antigo com letra e jeito de pensar diferentes e com muitos erros de português... nada que não se esperaria de uma menina de nove anos. Até que aparece uma página que falava de uma pessoa muito familiar: uma pessoa que faz muito tempo tinha sido uma "paixonite" de infância que depois se tornou um simples amigo que eu encontrava de vez em quando e que hoje, por pura ironia do destino, toma conta e bagunça a minha cabeça.

Olhando fotos antigas eu vejo que ele sempre esteve presente, mesmo como personagem secundário, coisa que eu nunca tinha percebido (ou simplesmente não ligava). Inclusive isso ainda acontece sempre: quando eu menos espero, ele aparece de um jeito ou de outro - andando pela rua, em alguma festa, o nome dele escrito nos muros da cidade (isso acontece, acreditem) e até mesmo fazendo aula de natação no mesmo lugar que uma amiga minha. Como se fosse uma perseguição involuntária.

Eu tento aumentar nossa convivência e quanto mais eu convivo, mais eu percebo o quanto ele é engraçado, legal, gentil e só um pouco boboca (hehe). Ainda não sei direito o que ele pensa sobre tudo isso, uma vez que ele já sabe até demais o que eu penso...

Mas de uma coisa eu tenho certeza: hoje tenho muito mais noção de como as coisas são e o que eu sinto. Tudo isso com um leve toque de uma loucura obsessiva.