Pedro e Marina, meu sobrinho e sobrinha neta
Quando mamãe morreu, a família, reunida , cantou para ela em todos os momentos. Ela foi enterrada com os filho e os netos cantando e tocando violão. Lágrimas não seriam permitidas, Que ela levasse a alegria com que nos presenteou uma vida inteira de convivência.
Com meu pai foi diferente: havia injunções políticas e ele ficou em São Pedro da Aldeia com aviões sobrevoando em rasante o céu, em sua homenagem. Mas as rosas que colocaram sobre ele eu as cobri de flores da acácia rainha, era o tempo delas florirem, e como ele gostava destes cachos caprichosos que se amarelavam de pequenas flores! Mesmo sob protesto das autoridades presente. Tia Dulce e tia Odete viram em silêncio a minha ida às ruas, voltar carregada de acácias e recobrir o corpo dele.
Tanto papai quanto mamãe tinham uma afinação perfeita na voz, cantavam com doçura para que dormíssemos. Éramos sete filhos. Cada noite um deles era embalado no colo do papai, não importasse a idade.
O tempo passou , seis filhos ficaram, netos e bisnetos nasceram e seguiram pela vida a cantar. Então, quando a família se reúne acontecem momentos como este: Claudio, marido de Cristina, ao violão ; Cristina canta e olha para ele dizendo de seu amor. Sua filha Laura a ajuda em Penas do Tiê, depois os homens fazem a cancão, Philippe, Pedro filma e Claudio, que também toca um cavaquinho de fazer a alma gemer, reforça o tom.
É uma família musical, por exelencia. Todos tocam piano e mais algum instrumento. Estes que cantam agora são filho de Vera Lucia, minha irmã. https://www.facebook.com/photo.php?v=614581641896261&set=vb.100000332926991&type=2&theater
Não iria escrever nada hoje, ainda mais no domingo, dia de Vera Guimarães, a Senhora do Tempo, mas não resisti contar tudo isto.