sábado, 13 de agosto de 2011

FREDZILA - METRÔ EM TÓQUIO

Carlos Frederico Abreu



Eu sei, eu sei…

Todo mundo olha para o mapa do metrô de Tóquio e começa o “Ai meu Deus!”, mas eu juro que não é nenhum bicho de sete cabeças, uma vez que você entenda que o importante é saber onde você está e onde você deseja ir. Uma vez que origem e destino estejam definidos, não precisa mais olhar o mapinha.

 Faça o básico, seguindo o Manual Fredzila para andar de metrô em Tóquio.

mapa do metrô de Tóquio

Entre na estação mais próxima compre na máquina a passagem mais barata. Aquela que deixa você entrar no jogo. 160 ienes.

É importante saber qual a estação e a linha em que vc se encontra. São 15 linhas e cada uma tem uma cor, assim como cada estação tem um número.

A maneira mais fácil de saber seu percurso (já disse, esqueça o mapa) é encontrar a maquininha onde você digita a linha e a estação de destino.  É tudo em inglês, então basta saber ler as instruções bem detalhadas.

 imagem: Toei

Por exemplo, se você está na estação 5 da linha vermelha e quer ir para a estação 11 da linha amarela, basta escolher amarelo e 11, ou o nome, se você souber. Anote o percurso ou memorize (o que for mais fácil).

As estações estão sempre cheias e você vai precisar se acostumar em ser empurrado ou empurrar, pois é um comportamento aceitável dentro do metrô.

Cada plataforma tem dois sentidos, um crescente e outro decrescente de estações. É bom conferir nas sinalizações, a estação seguinte daquela plataforma.

Nada complicado até ai…Se errar, basta pegar o trem na próxima estação e voltar.



Uma vez que você chega na estação de destino, procure a máquina (sempre elas) onde você enfia o seu bilhete e ela calcula a diferença, do que você pagou e o que você precisa pagar para sair daquela estação. Basta completar o valor correto e a máquina cospe seu bilhete.

O maior drama na verdade, fica por conta do tamanho das estações, caso você precise fazer uma baldeação.

Vamos imaginar que você entrou na estação 5 da linha vermelha e queira ir até a estação 11 da linha amarela. A estação do cruzamento destas linhas para você é a vermelho 8 (um exemplo). Da plataforma da estação vermelho 8 até a plataforma da estação amarelo 9, você anda uns 200 metros dentro da estação, subindo escadas e mais escadas, e percorrendo loooooonnngos corredores, e aparentemente só existem escadas rolantes para descer (ou eu peguei um dia ruim para passear de metrô). Sem contar que o trem no Japão é bala, mas o metrô é a mesma velocidade do metrô de qualquer parte.

Da estação de Akasaka até  a estação de Shinjuku (a maior do mundo, são quase 80 saídas, com 3 milhões de passageiros por dia) são quase 40 minutos de pé, chacoalhando.

Este mesmo percurso,  de táxi em um dia de chuva, me custou 1.300 ienes e não levou mais de 15 minutos, confortavelmente sentado no ar condicionado.

Dentro do vagão, os toquianos não darão à mínima para você, ocupados com seus celulares, smartphones, tablets e o que quer que tenham à mão para fazer parecer que estão ocupados com outra coisa e não dão a mínima para você. Em um outro post, falarei o por que dos toquianos não serem japoneses comuns. Nas estações e vagões, se vê um exemplo disso, com as diversas campanhas de “boas maneiras”.

O metrô não é lugar de bebedeira. 
Por favor, faça isso em casa

 O metrô não é lugar de ouvir música em volume alto. 
Por favor, faça isso em casa.

O metrô não é lugar de ler jornal desse jeito.
Por favor, faça isso em casa.

 O metrô não é lugar de se maquiar
Por favor, faça isso em casa.

E por aí vai...